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domingo, 24 de abril de 2016

Presidente da Fiesp entrega a Temer proposta de ajuste fiscal.

Acompanhado de outros dirigentes da entidade, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se reuniu neste domingo com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu. Skaf apresentou a Temer propostas da Fiesp para um ajuste fiscal feito sem aumento de impostos. A redução do tamanho da máquina governamental estaria entre as sugestões.

Paulo Skaf foi candidato ao governo de São Paulo, nas últimas eleições, pelo PMDB. É amigo pessoal de Temer e participou, junto com outros líderes empresariais, de um movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Todavia, pessoas que o conhecem garantem que ele não tem interesse em assumir um dos ministérios de uma eventual equipe do vice-presidente da República.
Em entrevista ontem ao colunista Ilimar Franco, Temer disse que pretende anunciar todos os ministros de seu governo no mesmo dia em que o afastamento da presidente Dilma for aprovado no Senado. Mas se isso não for possível, ele diz que vai anunciar os ministros da área econômica – Fazenda, Banco Central e Planejamento. Foi com esse objetivo que se reuniu com empresários e banqueiros, com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga; o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto; o ex-ministro do Planejamento José Serra; e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Após uma reunião de cerca de duas horas no Palácio do Jaburu, Meirelles negou que tenha recebido convite oficial para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do peemedebista, mas, em entrevista coletiva ao final do evento, defendeu fórmulas para a retomada do crescimento em um discurso afinado com o que tem pregado o vice.
Nome mais cotado neste momento para comandar a equipe econômica em caso de impeachment, Meirelles disse estar sempre disposto a ajudar com aconselhamentos e afirmou que, pelas perguntas que Temer fez a ele durante a conversa, o vice está com o diagnóstico correto sobre a economia. Para o ex-presidente do Bacen, o principal é resolver a questão política.
O Globo.

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