Assumindo a Presidência da República, Michel Temer (PMDB-SP) quer, na política, trazer o "PSDB inteiro" para seu futuro governo e, na economia, "começar a reempregar" no curto prazo.
Vice-presidente da República, Michel Temer admite ainda fazer "cortes radicais" no Orçamento para tentar evitar a criação de novos tributos, mas isto ainda não está definido e vai depender do que será acertado com seu futuro ministro da Fazenda.
Em conversas com interlocutores, o peemedebista não esconde sua preferência, neste momento, pelo nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para o posto. "Das conversas que tive, ele é de fato o mais cotado", afirmou a um interlocutor, acrescentando, porém, que ainda não fez um convite oficial a ele.
O peemedebista tem dedicado os últimos dias a manter conversas de montagem de seu governo no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, com o cuidado de não transformar as reuniões em eventos oficiais.
"Eu estou me preparando para a hipótese de eu assumir de fato a Presidência. Mas tenho tido o cuidado de aguardar silenciosa e respeitosamente a decisão do Senado, antes disto seria avançar o sinal", afirmou Temer a interlocutores.
O vice-presidente afirmou, porém, que não pode ficar esperando parado. "O Brasil está ansioso por soluções rápidas. Não posso esperar acontecer sem ter conversa nenhuma, mas estou aguardando respeitosamente a decisão do Senado. Depois dela, saberei se continuo vice-presidente ou se serei presidente, mas não posso ficar esperando parado", afirmou o peemedebista a amigos nesta terça-feira (26).
Fiel a seu estilo, Temer tem repetido em suas conversas que está tendo as conversas para estar preparado, mas não vai dar caráter nem anunciar nada oficialmente até o Senado votar a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma. "Se eu fizer isto, sair anunciando coisas, vai parecer que estou avançando o sinal, é tudo que estão querendo que eu faça. Não vou fazer."
Do: O Tempo.
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