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sábado, 28 de maio de 2016

Organização Mundial da Saúde Descarta Cancelar ou Mudar Sede dos Jogos Olímpicos do Rio em virtude do Zika Virus.

Cancelar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 não mudaria radicalmente a propagação do zika vírus, estimou a OMS (Organização Mundial da Saúde), depois que 150 especialistas propuseram adiar ou transferir a competição mundial. Até o momento, “cancelar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos não mudaria de maneira significativa a propagação internacional do zika vírus”, estimou a OMS em um comunicado publicado na noite de sexta-feira (27). Os jogos estão previstos para ocorrer entre os dias 5 e 21 de agosto.
O Brasil é o País mais atingido pelo zika vírus, com cerca de um milhão e meio de pessoas afetadas desde 2015. Sessenta países registraram casos deste vírus, que se propaga por meio de mosquitos. “As pessoas seguem viajando a estes países por muitos motivos, a melhor maneira de reduzir o risco é seguir as recomendações de saúde pública”, sustentou a OMS.
Mais de 150 especialistas pediram na sexta-feira em uma carta aberta para adiar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos previstos em agosto no Rio de Janeiro devido ao surto de zika. “Nossa maior preocupação é a saúde pública mundial. A cepa brasileira do zika vírus afeta a saúde de maneiras que a ciência nunca havia observado antes”, disseram na carta médicos e pesquisadores das principais universidades do mundo.
“Um risco desnecessário se apresenta quando 500.000 turistas estrangeiros de todos os países que comparecerão aos Jogos se expõem potencialmente a esta cepa e retornam às suas casas, onde pode se tornar endêmica”, escreveram. “Se isso acontecer em locais mais pobres, como aqueles ainda não afetados (por exemplo, a maior parte do Sul da Ásia e da África), o sofrimento pode ser grande”, alertaram na carta.
O zika vírus pode causar transtornos neurológicos e microcefalia, uma malformação na qual a criança nasce com uma cabeça pequena ou na qual a cabeça para de crescer depois do parto. Aproximadamente 1.300 bebês nasceram no Brasil com deficiências irreversíveis desde que o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, começou a transmitir zika, no ano passado.
Com informações do: osul 

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