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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Waze Carpool, sistema de caronas remuneradas, começa a funcionar no Brasil a partir desta quarta.

Um ano depois de anunciado por aqui, o sistema de Carpool do Waze finalmente vai começar a funcionar no Brasil, em uma parceria da empresa com o Governo de São Paulo. E diferente de outros países, pela primeira vez o serviço de caronas compartilhadas não ficará limitado a apenas algumas cidades – usuários de todo o território nacional poderão acessá-lo a partir desta quarta-feira, 22 de agosto.
Apesar do nome, o conceito por trás da ferramenta é bem diferente dos seguidos por Uber, Cabify e outros aplicativos de transporte e se aproxima mais do BlaBlaCar. O serviço foi anunciado para o Brasil no ano passado, mas, ainda que tenha sido disponibilizado brevemente, foi tirado do ar e ficou em testes por dois meses. Segundo o Waze, mais de 20 parceiros foram envolvidos, resultando em mais de 40 mil quilômetros de caronas.
O Carpool não permite motoristas profissionais e tem um limite de duas caronas por dia. A ideia é que o dono do carro e o passageiro dividam os custos da ida ao trabalho, por exemplo. O objetivo do Waze é usar a carona para “criar um impacto maior na mobilidade urbana”, como explicou André Loureiro, responsável da empresa pela América Latina.
Como funciona?
O serviço é dividido em dois apps. Motoristas usam o próprio Waze, por onde podem definir os horários que vão sair de casa e do trabalho e começar a oferecer caronas. Já os passageiros precisam baixar o app Carpool, gratuito como o Waze e responsável por procurar por pessoas próximas que vão se locomover em em um horário parecido.
Ambos precisam criar um perfil, é claro, e o Waze pede para que os usuários informem um e-mail e um número de telefone válidos, além de incluírem uma foto. Também é possível linkar o perfil no Facebook, o que deve dar um grau a mais de segurança ao serviço – afinal, é melhor conhecer quem está no carro com você. Vale ainda destacar que o serviço incentiva os passageiros a sentarem no banco da frente, ao lado dos motoristas, justamente para estimular a interação.
É possível escolher pegar caronas só com pessoas do mesmo gênero ou, para quem trabalha em uma empresa grande, somente com colegas de trabalho. Um chat dentro do aplicativo ainda permite que os dois lados interajam antes da corrida começar.
Em relação aos preços, é o próprio serviço que sugere a divisão dos custos, que vão de 4 a 25 reais, dependendo da distância. O pagamento dos passageiros aos motoristas é feito por cartão de crédito – o número deve ser registrado no Carpool, já disponível para Android e iOS. De toda a forma, fica a cargo do motorista cobrar pelas corridas.
E o futuro?
Com um eventual sucesso do Carpool, o Waze espera até mesmo que as cidades criem faixas exclusivas para motoristas com caronas. Soa pouco realista, mas o conceito de “high-occupancy vehicle lane” foi defendido pelo secretário de transporte de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, durante o evento de lançamento do Carpool. Essas vias existem em países como EUA, Austrália, Holanda, Espanha e Nova Zelândia, e nelas só podem andar veículos com duas ou mais pessoas.
Por ora, para estimular o uso do serviço, o Waze vai oferecer corridas com preço promocional para os passageiros, que só pagarão 2 reais por qualquer distância. Motoristas ainda receberão o valor integral, para não terem prejuízo.
Olhar Digital.

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