As delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, empresários da JBS, aprofundaram a crise política no Brasil. As revelações feitas pelos executivos envolvem o nome do presidente Michel Temer e do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O governo enfrenta desde o último dia 17 a maior crise desde que Temer assumiu o Planalto.
Aécio foi afastado do mandato parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal e Michel Temer passou a ser investigado por três crimes.
No entanto, como destaca a reportagem do G1, as delações geraram ainda mais impactos. As bancadas do PSB, PPS, PTN e PHS anunciaram a saída da base aliada do governo. Juntos são 66 deputados que passarão a fazer oposição.
O governo de Temer que antes tinha o apoio de 413 dos 513 deputados, conta agora com 347 parlamentares, segundo a publicação.
Em meio à crise, Temer continua se esforçando para conquistar no Congresso Nacional o apoio necessário para aprovar as reformas, entre as quais a da Previdência Social e a trabalhista.
Embora tenha sido pressionado pela oposição e até mesmo pela base aliada, o presidente já disse que não renunciará ao cargo e tem rebatido as acusações dos delatores da JBS e negado ter cometido irregularidades no mandato do presidente da República.
Após as delações, a Procuradoria Geral da República pediu e o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito para investigar Michel Temer por três crimes: corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.
Além disso, a Câmara dos Deputados já recebeu 17 pedidos de impeachment, movidos principalmente pela oposição e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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