Um grupo de quatro pessoas foi detido na noite da quinta-feira, 5, em Taubaté, no Vale do Paraíba, fazendo pichação na área de pilares de uma ponte na região do bairro do Barranco. Entre os detidos estavam uma professora universitária e dois alunos.
Os militantes petistas estavam com uma lata de tinta e teriam acabado de pichar a frase “não ao golpe”. Os jovens, com idades de 19 e 20 anos, faziam o serviço enquanto a professora aguardava o grupo em um veículo próximo ao local, segundo a Polícia Militar, quando foram abordados pela ronda.
De acordo com a professora universitária Angela Loures, 54 anos, a ideia partiu de uma conversa conjunta com os alunos e eles estariam limpando o discurso de ódio espalhado pela cidade. “Estávamos passando tinta em cima para apagar e tínhamos tinta branca para limpar”, rebateu negando que o grupo tenha escrito qualquer frase. “Rabiscamos em cima e estávamos prontos para pintar de branco também, porque assim o escrito não aparece.”
O grupo foi levado para a delegacia onde foi ouvido e liberado. A pena por pichação é de até um ano de detenção, como crime ambiental, além de uma multa que pode chegar a R$ 15 mil.
A Universidade de Taubaté, onde a professora leciona, emitiu nota afirmando que não comenta ações pessoais de seus colaboradores, uma vez que “o episódio ocorreu fora do horário de trabalho e, em relação à sua conotação política, não nos cabe qualquer juízo de valor”.
Nova pichação
O muro do prédio do Departamento de Comunicação da universidade também amanheceu pichado na quinta-feira com a frase “Bolsonaro 2018 Presidente”. Diversas fotos foram replicadas nas redes sociais por alunos e professores que ficaram revoltados. “Que péssimo dia para estudar no departamento de comunicação social”, publicou uma estudante. O muro foi repintado pela universidade.
Estado de Minas, com Estadão
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