Casa onde irmãos foram presos, em João Pessoa |
Uma quadrilha foi desarticulada pela Polícia Civil, durante execução da Operação Gabarito, no último domingo, 07, durante aplicação do concurso do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). Instituição optou por não cancelar o concurso. Cerca de dezenove pessoas foram detidas por envolvimento na fraude. Somente em Natal, nove suspeitos foram presos.
O concurso oferta 32 vagas no quadro de pessoal efetivo – sendo 27 para a função de técnico, 3 para analista de contabilidade e 2 para analista de engenharia civil. A remuneração inicial do cargo de técnico é de R$ 4.472,71, e do cargo de analista, R$ 5.609,19. A assessoria de imprensa do Ministério Público afirma que não há necessidade de cancelamento, já que, graças à ação da Polícia, o processo seletivo não foi prejudicado.
Quadrilha
O grupo é suspeito de fraudar cerca de quarenta concursos públicos nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte. Ao menos 400 pessoas foram beneficiadas através de articulações da quadrilha, que faturou nos últimos dez anos, ao menos, R$ 18 milhões de reais.
O preço do “serviço”, geralmente, custava dez vezes o valor do salário inicial do cargo almejado pelo concurseiro. Segundo a investigação feita pela polícia, os suspeitos fraudavam diplomas, documentos e gabaritos para a prova. O valor cobrado chegava até R$ 150 mil reais.
O “beneficiado” pelo serviço dos criminosos, recebia as respostas durante o processo seletivo por meio de transmissões eletrônicas e escutas. Uma casa localizada na cidade de João Pessoa, na Paraíba, servia como base para a ação do grupo. Uma parte dos suspeitos ficava responsável por receber as informações a cerca da prova, que eram transmitidas por membros infiltrados no processo seletivo. A partir daí, as respostas eram transmitidas para os “clientes”.
Dois irmãos são acusados de comandar a quadrilha. São eles Flávio Nascimento Borges, de 34 anos, e Vicente Fabrício Borges, de 32. Juntos, colecionam cerca de 29 aprovações em concursos públicos. Irmãos são acusados também por manterem uma empresa de fachada que seria utilizada para a lavagem do dinheiro obtido com as fraudes. Ambos foram presos em casa localizada em condomínio de luxo, em João Pessoa. A polícia investiga se a aprovação nos 29 concursos se deu por ação fraudulenta.
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