O terror tomou conta do Egito na manhã deste domingo, 9, após explosões em duas igrejas católicas coptas, que deixaram pelo menos 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro ataque aconteceu dentro da igreja “Mar Guergues” (São Jorge, em árabe), na cidade egípcia de Tanta, situada a 120 quilômetros ao norte do Cairo. De acordo com informações da televisão estatal do país, 25 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. O segundo atentado ocorreu na catedral de São Marcos, em Alexandria. Segundo o ministério da Saúde egípcio, ao menos 11 pessoas morreram e outras 35 ficaram feridas. Entre as vítimas se encontra um oficial que tentou deter o ataque suicida.
O atentado ocorreu em um importante dia para a minoria cristã no país (cerca de 10% da população), uma vez que é celebrado o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa. Inicialmente, a TV local informava que nenhuma organização havia assumido os ataques. Mas o grupo radical Estado Islâmico, reivindicou o atentado, por meio de sua agência de notícia, a Amaq.
Em dezembro de 2016, um filiado ao Estado Islâmico também reivindicou a responsabilidade sobre um atentando em uma igreja no Cairo, que matou cerca de 30 pessoas, a maioria mulheres, assim como uma série de assassinatos na península do Sinai, que causou a fuga de centenas para áreas mais seguras do país.
“O terrorismo atingiu o Egito novamente, desta vez no Domingo de Ramos. Outro detestável ataque contra todos os egípcios”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abu Zeid, por meio do Twitter. “Sofremos a perda trágica e dolorosa de vidas egípcias, isso é uma tentativa fracassada contra a nossa unidade”, completou.
O grande xeque Ahmed el-Tayeb, chefe do Al-Azhar do Egito – principal centro de aprendizagem no Islã sunita – condenou o ataque, qualificando-o como um “ataque terrorista desprezível que tinha como alvo a vida de inocentes.
O atentado ocorre 20 dias antes da visita do Papa Francisco, que deve chegar ao Egito, em 28 de abril.
agorarn
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