A Latam vai retomar os estudos para a implantação de um hub no Brasil. A informação é do presidente-executivo da empresa Enrique Cueto, em entrevista publicada ontem pela Reuters. O centro de conexão de voos é disputado por Fortaleza, Recife e Natal.
“É uma coisa que vamos analisar de novo, porque é conveniente para nós. Vamos retomar os estudos de qualquer forma, para ver onde que nos encontramos”, disse à agência de notícias.
A decisão, segundo Cueto, se deve à expectativa de melhora da economia brasileira no segundo semestre. Com isso, as projeções dele são de crescimento no mercado de voos domésticos e de resultados positivos para a empresa. Ele citou, ainda, que 2016 foi o primeiro ano de lucro anual da empresa desde sua criação, em 2012, quando Lan e Tam se fundiram.
No início de 2015, a Latam anunciou que implantaria um hub no Nordeste brasileiro. A decisão sobre a cidade que o sediaria – Fortaleza, Recife ou Natal – foi prometida para o mesmo ano. Mas a decisão foi adiada para o primeiro semestre de 2016 e novamente postergada, sem que houvesse nova previsão. A companhia tem se limitado a dizer que os estudos para implantação do hub se mantêm em seus planos.
ConcessãoNa última sexta-feira, quando o Aeroporto Pinto Martins foi arrematado pela alemã Fraport por R$ 1,5 bilhão, a empresa afirmou “que avalia positivamente o processo de concessão e entende que o interesse de investidores estrangeiros no País, mesmo em um cenário de incertezas econômicas, é um fator propulsor para a retomada do ciclo de desenvolvimento local com reflexos no transporte aéreo”.
Para analistas do setor, a concessão do Aeroporto de Fortaleza é fator que favorece a capital cearense na disputa pelo equipamento da Latam. Até então, essa era uma das grandes vantagens competitivas do aeroporto de Natal, totalmente privado. Já o de Recife segue administrado pela Infraero.
Entre as vantagens de Fortaleza estão Produto Interno Bruto (PIB) maior que o das concorrentes, localização do aeroporto em um centro urbano e amplo pátio de aeronaves. Já a limitação de crescimento do sítio aeroportuário e o tamanho atual da pista – cuja ampliação é exigência que consta no contrato de concessão – são as desvantagens.
As projeções iniciais da companhia é de que o investimento no hub ficaria entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão. O impacto do equipamento no PIB do Estado chegaria a 6%.
O Povo Online.
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