O empresário Eike Batista foi preso, na manhã desta segunda-feira (30), por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. O avião que trouxe o ex-bilionário de volta ao Brasil pousou às 9h54min.
O empresário, que era considerado foragido, estava em Nova York. Ele viajou para a cidade norte-americana dias antes da operação policial para tentar prendê-lo, deflagrada na capital fluminense. Eike desceu na pista do terminal dois do Galeão e foi levado de carro pelos policiais para o IML (Instituto Médico Legal), onde fará exames antes de ser preso. Ele ficará detido no presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte da cidade. O ex-bilionário não tem curso superior.
Alvo da Operação Lava-Jato, Eike é acusado, pelo Ministério Público Federal, de corrupção ativa. Segundo os procuradores, em 2011 o empresário pagou 16,5 milhões de dólares em propina ao ex-governador do RJ Sérgio Cabral.
Na noite de domingo, Eike chegou sozinho ao aeroporto JFK, nos EUA, por volta de 21h50min (horário de Brasília), fez check-in e, minutos depois, passou pelo controle de passaporte. Às 22h15min, já aguardava o voo dentro da sala de embarque e pouco depois da meia-noite foi rumo a aeronave.
Questionado se tem algo a dizer aos brasileiros, ele declarou que está à disposição da Justiça: “Estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever”. “Está na hora de eu mostrar, ajudar a passar as coisas a limpo”, disse.
“Estou voltando porque, sinceramente, vou mostrar como é que são as coisas, simples assim”, reforçou Eike. Questionado sobre se mostraria algo que ainda não se sabe, ele evitou o assunto. “Como eu estou nessa fase, me entregando à Justiça, melhor não falar nada”, afirmou.
O empresário negou que tenha cogitado fugir para a Alemanha (por conta de também ter cidadania alemã, o que evitaria uma deportação ao Brasil) e disse que viajou a Nova York a trabalho.
O sul.
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