O empresário Eike Batista chegou à sede da PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (31), para ser ouvido por delegados e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato no RJ.
O empresário, preso por suspeita de pagar propina a agentes públicos, deixou a cadeia Bandeira Stampa, em Bangu, na Zona Oeste, por volta de 14h05min. O deslocamento até o Centro da cidade, onde está situada a sede da PF, foi feito com escolta de agentes federais.
No local, duas pessoas realizavam um protesto por conta da presença do dono do Grupo EBX. Um deles, o vendedor de livros Edson Rosa – figura recorrente em manifestações na cidade -, disse ter ido à porta da PF porque a corrupção “é um mal muito grande”.
“Mas prefiro que meus cartazes falem por mim”, disse, mostrando o cartaz e o travesseiro que carregava em referência ao travesseiro levado pelo empresário durante voo de Nova York para o Rio.
Esta é a primeira vez que Eike depõe depois de a Justiça expedir mandado de prisão contra ele no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute (ação que resultou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral) e que perpassa pelas investigações da Operação Lava Jato.
O empresário já foi um dos homens mais ricos do mundo, mas viu seu império ruir nos últimos anos após fracassos no mercado financeiro. Ele é investigado por corrupção durante a gestão de Cabral e acusado de ter pago ao ex-governador US$ 16,5 milhões em remessas ao exterior.
Filho de um empresário da mineração, Eike começou sua vida profissional vendendo apólices de seguro de porta em porta quando morava com a família na Alemanha em paralelo à faculdade de metalurgia em Aachen (Alemanha).
No começo dos anos 1980, soube da corrida pelo ouro no Brasil e decidiu largar a faculdade. De volta ao país, começou a fazer negócios na área de mineração.
O sul.
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