Durante uma conversa feita em um grupo de WhatsApp, o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), fala sobre a entrevista da jovem que denunciou um estupro coletivo.
Na entrevista, ela contou detalhes sobre como se sentiu após o estupro coletivo: "No 'Fantástico' era outra pessoa. Sabe que temos fortes indícios de que não existiu estupro", disse o delegado através do aplicativo de mensagens. A conversa foi obtida pelo jornal Extra.
Em relação ao número de pessoas que, segundo a jovem, a estupraram, Thiers diz que ele é alusão a um funk: "Os 33 no vídeo foi alusão a um funk onde diz mais de 20 engravidou (sic), onde o autor do vídeo diz que engravidou mais de 30 em alusão ao funk para tirar onda de 'comedor'".
O delegado ainda afirma que "tem o envolvimento claro da adolescente com pessoas ligadas ao tráfico, tendo a mãe inclusive declarado que a filha é a todo o momento aliciada e que bastaria saber atirar para trabalhar no tráfico".
Para ele, "a advogada, que acompanhou os termos junto com a mãe, pediu à adolescente que parasse de responder perguntas quando estava sendo questionada se conhece pessoas ligadas ao tráfico local, conforme declarado pela mãe e pela própria adolescente, alegando que essas respostas poderiam incriminá-la, mas a intenção era tentar ver se ela reconhecia algum dos alegados '33' que estariam no quarto".
O delegado diz que "diversas pessoas, inclusive a própria adolescente, confirmaram que a mesma frequentava a comunidade da Barão (o morro na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, onde a jovem contou que crime ocorreu), inclusive com contato direto e íntimo com traficantes da área". Em um trecho, o delegado diz que "o único crime seria a divulgação do vídeo".
A Folha de S. Paulo apurou que a divulgação da conversa causou constrangimento na delegacia e o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, negou que as mensagens sejam verdadeiras.
Do: noticiasominuto
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