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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A população não vacinada contra a febre amarela no Brasil representa “alto risco”, disse a Organização Mundial da Saúde.

O grande número de pessoas não vacinadas contra a febre amarela em áreas com ecossistema favorável ao vírus representa um “alto risco” de mudança no patamar de transmissão, diz comunicado da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado nesta segunda-feira (22). Desde julho do ano passado, o Ministério da Saúde contabiliza 35 pacientes com a doença no Brasil, com 20 mortes.
Em São Paulo, que tem uma contagem mais atualizada, o total, desde o início de 2017, chega a 81, segundo a Secretaria da Saúde. Entre semana passada e a anterior, 41 novos casos foram confirmados.
Para bloquear o vírus, o ministério lançou uma campanha que pretende imunizar, em menos de 50 dias, 21,8 milhões de pessoas no Rio, em São Paulo e na Bahia.
Para a OMS, a medida deve limitar o avanço da doença, mas é possível prever percalços. “É importante notar que, devido à sua escala e alcance, esta campanha de vacinação em massa provavelmente será caracterizada por desafios logísticos significativos”, diz o texto.
O comunicado afirma ainda que o grande número de mortes de macacos por febre amarela no País, especialmente em São Paulo, indica um alto nível de concentração do vírus em ecossistemas favoráveis à transmissão no Brasil. Esse dado, para a entidade, é especialmente preocupante quando as mortes acontecem perto de grandes cidades como a capital paulista.
A capital paulista não tem casos humanos da doença, mas registrou mortes de macacos em áreas como o Horto Florestal – todas as 17 famílias de bugios foram exterminadas.
O texto da OMS cita ainda o caso do vírus “exportado” para a Holanda no início de janeiro e informa que o paciente chegou ao país após passar por Mairiporã e Atibaia, duas cidades com circulação do vírus em São Paulo. Ele passa bem. A entidade mantém a recomendação de vacina a todos os viajantes internacionais com destino a qualquer área do Estado de São Paulo.
Febre amarela
Há dois tipos: o silvestre e o urbano. O silvestre é o mais comum, e ocorre em áreas rurais e de mata. O mosquito pica um macaco infectado (hospedeiro) e depois pica o homem (hospedeiro acidental), transmitindo, assim, a doença.
O tipo de transmissão urbana, em que o mosquito Aedes aegypti (vetor) pica um homem (único hospedeiro) e depois pica outro, não é registrado no País desde 1942. Nesses casos, não existe a transmissão direta entre humanos.
Na primeira fase da doença (3 dias) os sintomas são: dor de cabeça, febre baixa, fraqueza e vômitos, dores musculares, principalmente nas costas e dor nas articulações.
Na segunda fase, que dura cerca de 24 horas: diminuição dos sintomas da primeira fase e sensação de melhora.
Na terceira fase: febre alta, icterícia (pele amarelada), inflamação no fígado e rins, vômitos com sangue, urina escura, sangramentos de pele, olhos avermelhados, evolução até a morte.
Prevenção
Vacinação em dose integral (0,5ml válida para a vida toda) ou dose fracionada (0,1ml válida ao menos de 8 anos). Crianças devem ser vacinadas a partir dos 9 meses de vida (6 meses em áreas de risco).
Tratamento
É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não deve ser usados). Hospitalização quando há necessidade, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas. E o uso de tela, por exemplo, para evitar o contato do doente com mosquitos.
O Sul.

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