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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Mercúrio contamina peixes marinhos no Brasil.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF)/Campus Cabo Frio pesquisou, selecionou e analisou 13 estudos (trabalhos científicos) cuja temática foi a “análise das concentrações de mercúrio em espécies de peixes marinhos na costa brasileira”, com o objetivo de mostrar quais espécies foram capturadas em tais estudos e os níveis de mercúrio encontrados nos indivíduos coletados de cada uma dessas espécies.
Para a surpresa de todos, 50% dos peixes analisados nesses estudos apresentaram concentrações de mercúrio acima do limite máximo recomendável para consumo humano, estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 0,5 µg/g (micrograma de mercúrio por grama de tecido muscular) para peixes não-carnívoros e produtos da pesca, e 1 µg/g para peixes carnívoros. Atualmente, o consumo de peixes, moluscos e crustáceos constitui a principal fonte de contaminação de pessoas, cujos efeitos sobre a saúde incluem danos ao sistema nervoso central, coração e sistema imunológico. Os fetos e crianças são especialmente vulneráveis a problemas de desenvolvimento.
No estudo que será publicado em breve, os pesquisadores concluíram que a descoberta de níveis altos de mercúrio em algumas espécies de peixes oceânicos (atum-azul, agulhão-vela, espadarte e tubarão-azul, entre outros) é surpreendente, devido ao fato de que muitos vivem longe da costa. Tais concentrações podem ser explicadas pelo aumento desse elemento ao longo da cadeia alimentar marinha e da distribuição global de mercúrio, com dispersão auxiliada pelas correntes oceânicas e atmosféricas de transporte. No entanto, embora esses altos níveis de mercúrio representem um possível aumento do nível desse elemento nos oceanos, as informações apresentadas nesse estudo serão úteis para a indústria da pesca e órgãos públicos de saúde responsáveis por supervisionar o consumo público de determinadas espécies de peixes. Essas informações também fomentarão a prevenção no consumo de determinadas espécies de peixes oceânicos, principalmente as espécies carnívoras, e novas investigações sobre esse tema, focando no mecanismo de contaminação das espécies estudadas.

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