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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo.

O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e esta produção é uma das principais atividades da economia brasileira.
Em 2016, a receita atingiu os US$ 5,3 bilhões. Em fazendas e frigoríficos, a pecuária de corte, como é conhecida a produção de carne, emprega 1,6 milhões de pessoas.
Atualmente, o rebanho brasileiro é de mais de 218 milhões de cabeças de gado. O número é maior que o da população brasileira, que passou dos 207 milhões de pessoas em 2017, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Rebanho bovino
Com alta de 1,4% em 2016, frente ao ano anterior, o efetivo nacional de bovinos atingiu a marca de 218,2 milhões de cabeças, a maior desde 1974, quando começou a série histórica. O Centro-Oeste concentrou 34,4% do rebanho nacional, com destaque para o Mato Grosso, que possui 30,3 milhões de cabeças (13,9% do total), um crescimento de 3,2%. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul representaram, respectivamente, 10,8%, 10,5% e 10,0% do efetivo nacional. Entre os 20 municípios com os maiores efetivos, 13 estavam no Centro-Oeste, seis no Norte e um no Sul, com São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS) como os maiores rebanhos.
As informações são da PPM (Pesquisa Pecuária Municipal) que investiga a criação animal e outras produções, como leite, lã, ovos de galinha e mel. A analista do IBGE, Mariana Oliveira, explica o contexto regional que contribuiu para o resultado da pesquisa: “A expansão do gado no Centro-Oeste é consequência da extensão do território, que favorece a pecuária de grande porte. Além disso, há a proximidade tanto com a indústria de abate, quanto com os centros de produção de grãos”, conta.
A região Norte, com 47,9 milhões de cabeças, teve o segundo maior efetivo do país, com alta de 1,7% em relação a 2015. De acordo com Mariana, “o deslocamento de bovinos para o Norte foi motivado pelos baixos preços das terras, pela disponibilidade hídrica e pelo clima favorável”. Pequenas altas ainda foram identificadas no Sudeste (0,8%) e no Sul (0,5%), além de baixa no Nordeste (-2,1%). Segundo Mariana, “a redução do rebanho no Nordeste pode ter sido influenciada, entre outros aspectos, por intempéries climáticas”, ressalta.
Se o destaque da PPM para a criação animal foi a quantidade de bovinos, o da produção foi o mel, com 39,59 mil toneladas produzidas, uma alta de 5,1%. Esse crescimento também foi registrado em termos financeiros, com R$ 470,51 milhões, um aumento de 31,5% em relação a 2015. A região Sul representa 43,1% da produção nacional de mel, com o município de Ortigueira/PR como maior produtor, seguido por Itatinga (SP) e Arapoti (PR). Sobre o aumento no valor produção, Mariana comenta que “foi uma consequência do crescimento da demanda pelo mel, que passou a ser um produto considerado mais saudável”.
O Sul

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