Se a eleição presidencial fosse realizada hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) iriam para o segundo turno, respectivamente em primeiro e segundo lugares. É o que mostra o primeiro levantamento do instituto de pesquisas Ibope sobre as intenções de voto para o pleito do ano que vem.
A pesquisa, divulgada neste fim-de-semana, foi realizada entre os dias 18 e 22 deste mês, junto a 2.002 pessoas em todos os Estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em qualquer cenário apresentado ao eleitor, o petista fica com uma fatia mínima de 35% e máxima de 36%. Já o polêmico parlamentar fluminense aparece com 15% quando enfrenta Lula, índice que cresce para 18% se o adversário for o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT (nesse caso, empatado com Marina Silva, da Rede).
A ex-senadora, que concorreu ao Palácio do Planalto em 2014, seria a terceira colocada em qualquer cenário contra Lula, com índices entre 8% e 11%, dependendo dos adversários. Se Lula ficar de fora, Marina colidera a pesquisa, empatada com Bolsonaro.
Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e João Doria (PSDB) surgem embolados em um pelotão abaixo, com índices entre 5% e 7%. Ciro sobe até 11% na hipótese de substituição de Lula por Haddad (que tem a preferência de 2%).
Citações espontâneas
Quando o Ibope não apresenta ao entrevistado uma cartela com os nomes, ou seja, a citação sobre o candidato é feita de forma espontânea, Lula aparece com 26% das intenções de voto (na Região Nordeste esse desempenho alcança 42%), ao passo que Bolsonaro consta com 9%. O pelotão seguinte fica muito distante: 2% (Marina) e 1% (Ciro, Alckmin, Dilma, Temer, Doria).
Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estaria trabalhando de forma não assumida para também ser candidato à Presidência da República, teria que elevar o Brasil a um crescimento chinês para, talvez, ter alguma chance na corrida ao Planalto: mesmo quando seu nome era apresentado ao entrevistado, o titular da pasta ficou entre 0% e 1%, dependendo dos adversários.
O apresentador de TV e empresário Luciano Huck também teve o seu nome testado nas cartelas submetidas aos entrevistados na pesquisa do Ibope. Ele está no patamar de Geraldo Alckmin e de João Doria: 5% (quando a disputa tem Lula como oponente) e 8% (caso o candidato petista seja Haddad).
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, caso o marido de Angélica se filiar a algum partido para entrar na disputa (até agora, ele tem mantido um discurso dúbio sobre o assunto), a legenda já está escolhida: será o PPS.
No que se refere a Bolsonaro, a pesquisa do Ibope avalia que a composição básica de seu eleitorado tem um perfil mais masculino que feminino, é jovem (com predomínio da faixa etária entre 16 e 24 anos), tem curso superior e mora nas regiões Norte e Centro-Oeste do País. Seus apoiadores também se caracterizam pela maior participação de evangélicos do que católicos.
O Sul.
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