O resultado da votação da Câmara que arquivou a segunda denúncia contra Michel Temer provocou uma reação de espanto na mídia internacional. Veículos de comunicação de diversos países repercutirem a votação afirmando que Temer se safou" apesar da impopularidade "abismal", além de "negociações frenéticas" e diretas para cooptar parlamentares por meio de emendas e cargos.
Segundo o inglês The Guardian, "o presidente impopular do Brasil evitou julgamento por corrupção" apesar de ostentar " taxas de aprovação abismais", sendo reprovado por mais de 90% da população. Para o espanhol El País, "o governo do Brasil freou as investigações por corrupção" e destacou que Temer "saiu ileso de três denúncias de graves delitos". "Na primeira, o Tribunal Superior Eleitoral o salvou, presidido por um magistrado que atua discretamente como conselheiro ocasional de Temer", diz a matéria em referência ao ministro Gilmar Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda segundo o El País, as acusações contra o peemedebista "dão um livro" e que "o tempo permitiu verificar que os que estão no poder se defendem muito melhor que os que foram à oposição", diz o texto em referência ao afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff por meio do impeachment e da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo "discreto e implacável" juiz federal Sergio Moro, bem como o fato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), ter se mantido no cargo mesmo após ter sido gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS.
Para o Washington Post, o arquivamento do processo contra Temer aconteceu após uma série de concessões "líder preparado para combate a legisladores pró-mercado", o que incluiu a redução de multas por danos ambientais para agradar a bancada ruralista.
brasil 247
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