Em virtude dos baixos índices pluviométricos que historicamente são esperados até novembro, a tendência é de piora no grau de severidade da seca em todas as regiões do Ceará até, pelo menos, a chegada das chuvas de Pré-Estação, em dezembro.
O mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste aponta que 100% do território do Ceará foi atingido por algum nível de seca, que varia de fraca a excepcional. Os dados divulgados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mostram que houve um avanço, principalmente, do grau mais crítico.
Em agosto, o Monitor mostrava que o Ceará ainda tinha 19,8% sem seca, já no último mês, o índice caiu para zero. Já a área com seca extrema, que era apenas de 5,28%, praticamente dobrou em setembro, passando para 10,75%, atingindo municípios das macrorregiões do Cariri, Sertão Central e Inhamuns.
Ausência de chuvas
Para o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz, a ausência de chuvas nesta época é um fator muito importante para a variação da severidade da seca. Mesmo diante do atual cenário, ele lembra que a quadra chuvosa observada neste ano permitiu que os índices não fossem críticos quanto os registrados em setembro do ano passado. Naquela época, o nível mais extremo de seca atingia 34,38% do Estado.
Como as precipitações de 2017 atingiram principalmente a porção Norte do Estado, o Centro-Sul acabou sendo o mais afetado. Apesar disto, em razão desta variação observada, os impactos também se intensificaram. Na parte Norte, os impactos passaram a ser de curto prazo, atingindo, principalmente, agricultura e pastagens.
Fritz lembra ainda que, em virtude dos baixos índices pluviométricos que historicamente são esperados até novembro, a tendência é de piora no grau de severidade da seca em todas as regiões do Ceará até, pelo menos, a chegada das chuvas de Pré-Estação, em dezembro.
“Onde mais choveu em 2017 se tem, atualmente, um nível mínimo de seca. Porém, em virtude de melhores chuvas este ano em comparação ao ano passado, setembro de 2017 apresentou um quadro de severidade da seca menos grave que o mesmo mês de 2016. Mas a progressão da severidade da seca deve aumentar, nos próximos meses, até que chuvas mais regulares e abundantes venham a banhar o estado”, explica o meteorologista.
G1CE
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