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terça-feira, 27 de junho de 2017

Carne vai ficar mais barata no RN após suspensão de importação dos EUA.

Uma notícia nada animadora para os produtores da carne bovina fresca brasileira chegou ao país na última quinta-feira 22. Através de pronunciamento, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou a suspensão da importação da carne tupiniquim para o país americano. A justificativa utilizada pelo governo estadunidense foi a de que o índice de qualidade do produto canarinho havia passado – e muito – da média mundial, deixando os materiais impróprios para o consumo humano.

De acordo com os números apresentados por Perdue e idealizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 11% dos produtos de carne fresca brasileira que chegaram ao país estavam com nível de qualidade baixo, o que representa um acréscimo de 10% na média de rejeição (estipulada em 1%), que considera todos os demais produtos de carne bovina importadas pelo país através de outras partes do mundo. Vale lembrar que os EUA era um mercado novo da importância de carne brasileira (os repasses começaram a ser feitos em julho/16).
Diante do fato, o Agora Jornal procurou ouvir lideranças do Rio Grande do Norte para comentar o impacto que a suspensão da importação americana trará aos produtores potiguares. Para o secretário estadual de Agricultura Guilherme Saldanha, a medida tomada pelo governo americano vai fazer com que as pessoas responsáveis pela produção percam dinheiro, uma vez que o estoque de carne ficará sobrecarregado, com muitos produtos à venda, e sem a quantidade de compradores desejadas.

“Infelizmente quem mais vai sofrer com essa suspensão serão os produtores. Quando há uma medida como essa sendo tomada por um mercado importante da exportação brasileira, a produção de carne não diminui. Isso vai gerar uma sobrecarga de material para ser vendido e os produtores serão obrigados a repassarem por um valor mais baixo. Afinal, não é interessante para eles manterem um animal pronto para abate pois isso vai implicar em mais gastos com alimentação, etc.”, declarou o secretário.
Por Rodrigo Ferreira/agorarn.

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