A Petrobras anunciou uma nova política de preços para o gás de botijão, que passará a ser reajustado mensalmente. Este mês, os preços serão aumentados em 6,7%. O reajuste vale apenas para o gás vendido em botijões de 13 quilos e passou a vigorar nesta quinta-feira (8). Segundo a estatal, se o repasse ao consumidor for integral, o aumento no preço final será de 2,2%, ou R$ 1,25 por botijão.
O último reajuste promovido pela estatal no preço deste combustível foi realizado no dia 21 de março, quando o valor cobrado nas refinarias subiu 9,8%. A nova política de preços para o gás de cozinha institui uma fórmula que considera as cotações europeias do butano e do propano –gases obtidos a partir do refino de petróleo que compõem a fórmula do gás liquefeito de petróleo (GLP, o nome técnico do gás de cozinha).
Sobre esse valor, será aplicada uma margem de 5%. Os reajustes serão automáticos e realizados no dia 5 de cada mês. Com isso, a Petrobras reduz os riscos de retorno à política de subsídios para o combustível, que passou a vigorar em 2003, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na época, o governo decidiu que o preço do gás vendido em botijões de 13 quilos seria congelado e teria uma política diferente da praticada para as vendas do combustível em outros vasilhames.
A política foi oficializada em resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) em 2005, que prevê “preços diferenciados e inferiores” para o gás vendido em botijões de 13 quilos.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, defendeu que, apesar da mudança, a empresa continua seguindo a determinação do CNPE: segundo ele, a definição de preço para outros vasilhames considera a paridade de importação; já para 13 quilos, não são contabilizados os custos de importação.
Após o reajuste desta quarta, o preço do gás vendido em botijões de 13 quilos ainda ficará 15% abaixo da paridade internacional e 45% a 50% abaixo do valor cobrado pelo combustível para venda em outros vasilhames.
O Sul
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