O número de mortos no incêndio de grandes proporções em um prédio residencial em Londres subiu de 17 para 30, informou a polícia britânica nesta sexta-feira, 16. As autoridades confirmaram que aproximadamente 70 pessoas estão desaparecidas. Essa é a primeira vez que polícia divulga um balanço de desaparecidos – o que deve elevar o número de mortos na tragédia. “Ao menos 30 pessoas morreram”, afirmou o comandante da polícia, Stuart Cundy. Contudo, ele acredita que “infelizmente, o número voltará a aumentar”.
Segundo os bombeiros, o fogo na Torre Grenfell foi extinto e não há indícios de que foi provocado deliberadamente. Na tarde desta sexta, um grupo de manifestantes foi até a subprefeitura de Kensington para reclamar da falta de informações. “Queremos justiça”, gritava o grupo.
Segundo Cundy, das 24 pessoas que ainda estão hospitalizadas, 12 estão em estado grave. Em seu último relatório oficial, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido informou que os feridos recebem tratamento médico em quatro hospitais da capital.
Os meios de comunicação locais especulam que o fogo na Torre Grenfell – um bloco 24 andares e 120 apartamentos -, onde viviam entre 400 e 600 pessoas, no bairro de North Kensington – teria deixado “mais de 150 mortos”.
A polícia do Reino Unido admitiu ser possível que muitas vítimas no incêndio não possam ser identificadas. Cundy disse que “há o risco de que não possamos identificar todo mundo”. A primeira vítima foi identificada como o refugiado sírio Mohammed Alhajali, de 23 anos, que estudava engenharia civil e estava no 14º andar do prédio quando o incêndio começou.
O imóvel incendiado, cujos sistemas de segurança estão sendo duramente questionados, começou a pegar fogo na noite de terça-feira e as chamas se propagaram em apenas meia hora, cobrindo toda a torre e dificultando a fuga dos residentes do prédio, muitos dos quais ficaram presos.
O ministro de Comunidades britânico, Sajid Javid, afirmou que o governo “fará tudo o que for possível” e adotará medidas imediatas a fim de socorrer os afetados pela tragédia.
Estadão
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