Uma organização criminosa com patrimônio identificado que chega a R$ 20 milhões. A informação foi revelada durante entrevista coletiva que detalhou a Operação Medellín, desencadeada nesta terça-feira (6), e que resultou na prisão preventiva de 14 pessoas, com atuação de liderança no Sindicato do Crime, além do cumprimento de mandados de condução coercitiva e busca e apreensão.
A investigação foi um trabalho conjunto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e da 80ª Promotoria de Justiça em conjunto com a Polícia Civil e apoio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.
A operação se dedicou a fazer um levantamento do patrimônio dos investigados, notadamente com movimentações financeiras altas sem comprovação de renda e, na maior parte das vezes, com evolução patrimonial injustificada. Assim, o MPRN e a inteligência do Estado obtiveram dados a partir da quebra de sigilo bancário e fiscal, além do telefônico. “Um dos presos chegou a comprar um imóvel com R$ 1 milhão em espécie”, revelou o promotor de Justiça Flávio Pontes.
Durante o cumprimento dos mandados, 12 pessoas foram conduzidas coercitivamente e também foram realizadas buscas e apreensões em 26 locais, que resultaram no sequestro de diversos bens, entre os quais: 17 imóveis situados em condomínios de luxo na Grande Natal; 20 veículos considerados de luxo; aparelhos celulares e equipamentos eletrônicos como computadores. Ainda foram encontrados 300 litros de combustível estocado (possivelmente para desencadear novos ataques no Estado), uma balança de precisão, armas, munições, dinheiro em espécie e até uma máquina de contar dinheiro.
O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, afirmou que “tratava-se de um esquema organizado, bem estruturado. As drogas estão por trás da grande maioria dos crimes no Estado e um dos envolvidos nesse esquema tinha ligação com os maiores bandidos do país”. “Vamos dar prosseguimento às investigações”, comentou.
Do: agorarn
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