Ministro de três presidentes da ditadura militar e um dos mais enfáticos defensores do regime de exceção instalado no país de 1964 a 1985, o ex-senador e ex-governador do Pará Jarbas Passarinho morreu na manhã deste domingo, aos 96 anos, em Brasília. A família não divulgou a causa da morte, mas o governo do Pará atribuiu o falecimento a problemas de saúde causados pela idade avançada. Passarinho foi velado na Paróquia Militar do Oratório do Soldado, e sepultado à tarde, no Cemitério Campo da Esperança, na Capital Federal.
Era uma pessoa muito inteligente, atualizada. Um homem de diálogo, sempre acessível. É uma perda — lamentou o ex-senador Carlos Chiarelli, colega de Passarinho no ministério do governo Fernando Collor.
Nascido em Xapuri, no Acre, Passarinho se mudou com a família para o Pará em 1923. Ingressou no Exército, com passagem pela Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre, e progrediu na carreira militar combinando a sólida formação intelectual com pensadores políticos. Foi nomeado superintendente da Petrobras na Amazônia, em 1959, e três anos depois alcançou o posto de tenente-coronel, chefiando o comando militar da região. Nessa época, já havia participado de conspirações militares e ajudou a consolidar o golpe de 1964.
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