A presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta terça-feira (28) em entrevista à rádio "Metrópole", da Bahia, que a aliança com o PMDB do presidente interino, Michel Temer, foi o maior erro cometido por ela em sua gestão.
"O erro mais óbvio que cometi foi a aliança que fiz para levar a presidência nesse segundo mandato com uma pessoa que explicitamente, diante do país inteiro, tomou atitudes de traição e usurpação", afirmou.
Segundo Dilma, essa não foi uma questão pessoal e Temer não "representa a si mesmo".
"Não acho que o vice-presidente representa a si mesmo. O grupo que ele representa, e o encontro com Eduardo Cunha [no último domingo] mostra isso, é um grupo político. E eu errei em fazer aliança com esse grupo político", disse a petista.
Dilma ainda afirmou que vê possibilidade de um retorno ao exercício do cargo com a votação do processo de impeachment em agosto, no Senado.
Questionada sobre como governaria sem uma base sólida no Congresso Nacional, defendeu a necessidade de uma reforma política, mas não falou em propostas de plebiscito ou novas eleições.
Disse que sua volta ao exercício da Presidência será a condição para "restabelecer a democracia no Brasil".
Segundo a presidente afastada, "o sistema político do Brasil está em processo acelerado de deterioração". E exemplificou com o encontro Michel Temer e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no último domingo (26).
Segundo ela, Temer não conseguiria governar sem conversar com Cunha. E ironizou o encontro: "Não foi sobre futebol que eles conversaram".
CRÍTICAS AO GOVERNO
Na entrevista, Dilma ainda fez uma série de críticas ao governo Temer. Afirmou que o presidente interino "considera a cultura irrelevante", ao tomar a decisão de extinguir o ministério. E criticou a equipe de ministros sem mulheres e negros.
Dilma também afirmou que o novo governo apresenta uma pauta conservadora e que retira direitos dos trabalhadores.
"Estamos vendo nesses parcos 45 dias do governo provisório, um crescente avanço para retirar direitos. Reduzem o Pronatec e agora eles estão dizendo que vão exigir 70 anos para que as pessoas tenham direito à aposentadoria", disse, numa referência à possível proposta de reforma da Previdência de Temer.
A petista ainda citou a perícia realizada pelo Senado para afirmar não teve participação nas chamadas "pedaladas fiscais".
E afirmou que não houve dolo na publicação dos decretos que não haviam sido autorizados pelo Congresso Nacional.
"Eu não fui informada da suposta incompatibilidade dos decretos em relação à meta fiscal. Também neste caso esta eliminada qualquer dúvida em relação ao fato. Não há dolo, portanto, não há crime", disse.
"O erro mais óbvio que cometi foi a aliança que fiz para levar a presidência nesse segundo mandato com uma pessoa que explicitamente, diante do país inteiro, tomou atitudes de traição e usurpação", afirmou.
Segundo Dilma, essa não foi uma questão pessoal e Temer não "representa a si mesmo".
"Não acho que o vice-presidente representa a si mesmo. O grupo que ele representa, e o encontro com Eduardo Cunha [no último domingo] mostra isso, é um grupo político. E eu errei em fazer aliança com esse grupo político", disse a petista.
Dilma ainda afirmou que vê possibilidade de um retorno ao exercício do cargo com a votação do processo de impeachment em agosto, no Senado.
Questionada sobre como governaria sem uma base sólida no Congresso Nacional, defendeu a necessidade de uma reforma política, mas não falou em propostas de plebiscito ou novas eleições.
Disse que sua volta ao exercício da Presidência será a condição para "restabelecer a democracia no Brasil".
Segundo a presidente afastada, "o sistema político do Brasil está em processo acelerado de deterioração". E exemplificou com o encontro Michel Temer e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no último domingo (26).
Segundo ela, Temer não conseguiria governar sem conversar com Cunha. E ironizou o encontro: "Não foi sobre futebol que eles conversaram".
CRÍTICAS AO GOVERNO
Na entrevista, Dilma ainda fez uma série de críticas ao governo Temer. Afirmou que o presidente interino "considera a cultura irrelevante", ao tomar a decisão de extinguir o ministério. E criticou a equipe de ministros sem mulheres e negros.
Dilma também afirmou que o novo governo apresenta uma pauta conservadora e que retira direitos dos trabalhadores.
"Estamos vendo nesses parcos 45 dias do governo provisório, um crescente avanço para retirar direitos. Reduzem o Pronatec e agora eles estão dizendo que vão exigir 70 anos para que as pessoas tenham direito à aposentadoria", disse, numa referência à possível proposta de reforma da Previdência de Temer.
A petista ainda citou a perícia realizada pelo Senado para afirmar não teve participação nas chamadas "pedaladas fiscais".
E afirmou que não houve dolo na publicação dos decretos que não haviam sido autorizados pelo Congresso Nacional.
"Eu não fui informada da suposta incompatibilidade dos decretos em relação à meta fiscal. Também neste caso esta eliminada qualquer dúvida em relação ao fato. Não há dolo, portanto, não há crime", disse.
Com informações o tempo.
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