A ideia de cidades sem carros causa arrepios nos apaixonados por máquinas e motores, bem como nos que temem o cerceamento de liberdades individuais. Mas restringir o uso de automóveis em núcleos urbanos tem sido uma tendência mundial.
Teóricos como o americano J.H. Crawford, autor de “Carfree Cities”, defendem cidades inteiramente livres de automóveis, com um tipo de urbanização que permita fazer tudo a pé. O urbanista justifica sua tese dizendo que, ao se banir automóveis, a poluição e o desperdício de energia são reduzidos, ganha-se em silêncio e segurança e os espaços públicos são reconquistados, o que ajuda não só no lazer quanto no comércio local. Nesta reportagem, são apontados projetos que tentam abrir espaço para pedestres e ciclistas. E vale notar que, apesar das restrições, nenhum acaba de vez com o uso do carro particular na cidade inteira.
Oslo.
O governo da capital norueguesa anunciou, em outubro de 2015, que deseja retirar os carros particulares do centro da cidade até 2019. Seria a primeira restrição completa desse tipo numa capital europeia. O banimento dos carros é parte de um plano para cortar em 50% as emissões de gases com efeito estufa no período entre 1990 e 2020. Além disso, espera-se criar um ambiente melhor para pedestres, ciclistas e comércio. O programa quer proibir carros particulares do centro de Oslo, que tem 650 mil habitantes. A cada dia, cerca de 90 mil pessoas passam pelo centro da capital para trabalhar. A proibição permanente deve atingir em torno de 350 mil proprietários de automóveis na região. A medida abre exceções para deficientes físicos e entregas de pequenas cargas.
Do: osul
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