Um dos condutores que aprovou a medida foi o motorista de ônibus, Kennedy Alexandre, que é motorista do ônibus da linha 66, pois segundo ele, os condutores vêm a cada dia dificultando o tráfego dos veículos por pura desatenção ocasionada pelo uso do celular. “É impressionante o quanto os condutores estão relapsos por causa de um celular. Eu faço minha rota e sempre tem um que atrapalha o tráfego por estar falando ao celular, ou trafega na via exclusiva de ônibus. Com o monitoramento será mais fácil para todos dirigirem”, comentou o motorista do coletivo.
Porém a administradora Vanessa Costa não concorda com a fiscalização, pois considera a medida “uma violação da privacidade dos motoristas”. “É uma medida invasiva, na qual o motorista tem sua privacidade violada por estas câmeras. Agora somos obrigados a agir conforme esta secretaria quer, e a abastecer a indústria da multa que este prefeito quer instituir”, afirmou a motorista.
Já o motorista de Uber, Hugo Leandro, comentou que evita as principais vias para não correr o risco de ser flagrado pelas câmeras da STTU. Ele afirmou que alguns colegas, também motoristas do aplicativo estão pensando em colocar películas escuras nos carros para evitar que o sistema capte imagens do carro e atrapalhando o monitoramento.
“É complicado para mim que trabalho com o celular e preciso acompanhar a movimentação e os pedidos de corrida. As vezes estou no meio do trânsito e preciso usar o celular para aceitar as corridas. Eu estou colocando o celular entre as pernas e evito de abaixar o pescoço, mas em sua maioria eu evito as principais avenidas. Não é fácil trabalhar desta forma, mas é o que eu posso fazer por hora”, desabafou o motorista.
Enquanto a reportagem do Portal No Ar acompanhava o trânsito nas avenidas Prudente de Morais e Miguel Castro nenhum motorista foi flagrado no celular, porém outros estavam sem o cinto de segurança trafegando normalmente.
Após o período de adaptação e sinalização das vias, as 54 câmeras da STTU começaram a registrar infrações e aplicar multas no domingo (10). As câmeras espalhadas em 36 pontos da capital são capazes de flagrar infrações dentro do carro como uso indevido do telefone celular e a não colocação do cinto de segurança pelo motorista e passageiros.
As infrações mais comuns são o excesso de velocidade, que representa 40% das multas por radares. A segunda é o avanço do sinal vermelho, com 4.154 multas, o que representa 9,94% do total e a terceira mais comum foi a conversão à esquerda em local proibido, com 2.732 multas aplicadas.
portal no ar.
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