Uma mulher ficou deitada 7h30 em um papelão no corredor do Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, Grande Natal. Ela foi transferida para a unidade para fazer uma cirurgia, mas não havia maca na manhã desta quarta-feira (20) para acomodá-la. Por volta das 15h30, a paciente conseguiu uma maca, no corredor, onde permanece esperando por um procedimento ortopédico.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que solicitou que a reportagem procurasse a direção do Deoclécio Marques. A direção, por sua vez, indicou que a informação deveria ser checada com a equipe de plantão, que pediu para o repórter contatar o serviço social do hospital. Por lá as ligações não foram atendidas.
Monique Marques, de 49 anos, chegou ao Hospital Regional Deoclécio Marques por volta das 8h desta quarta (20). De acordo com familiares, não havia macas nem cadeiras disponíveis para acomodá-la. “O jeito foi arranjar um papelão e deitar minha mãe em cima”, disse uma das filhas dela, Receba Marques.
A dona de casa sofreu uma queda nesta terça-feira (19) enquanto caminhava na orla da praia de Ponta Negra, na capital potiguar. Primeiramente a mulher foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, onde foi diagnosticada uma fratura no punho direito, havendo necessidade de cirurgia.
Porém, devido a superlotação da maior unidade de saúde do Rio Grande do Norte, a paciente foi transferida para o Hospital Deoclécio Marques nesta quarta-feira (20). Ela permaneceu deitada sobre um papelão em um dos corredores do hospital das 8h às 15h30, quando foi disponibilizada uma maca para Monique, também no corredor.
Ainda de acordo com familiares da dona de casa, diversos setores da unidade foram procurados ao longo do dia. “Tinha a gente e mais seis pessoas esperando maca, mas o pessoal só pedia pra aguardar a alta de pacientes para abrir vagas”, explica a filha Rebeca Marques. A cirurgia, no entanto, devido a grande demanda, está prevista para ser realizada em um prazo de 10 dias. Durante esse período, a paciente deve permanecer no hospital aguardando.
G1 RN.
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