O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,41% na primeira semana de agosto, 0,03 ponto percentual acima da taxa registrada na última apuração, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (08).
Das oito classes de despesas analisadas, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços no período: transportes (0,40% para 1%), alimentação (-0,22% para -0,14%), comunicação (0,58% para 0,63%) e saúde e cuidados pessoais (0,32% para 0,33%).
Em contrapartida, outros quatro grupos registraram desaceleração entre a última semana de julho e a primeira de agosto: habitação (1,15% para 0,87%), vestuário (-0,08% para -0,39%), educação, leitura e recreação (0,19% para 0,11%) e despesas diversas (0,18% para 0,08%).
A principal contribuição para a aceleração do IPC-S no período veio do grupo transportes. O avanço do conjunto, por sua vez, foi bastante influenciado pelo encarecimento da gasolina (2,61% para 5,29%), que sofre os efeitos do aumento da alíquota do PIS/Cofins, anunciado pelo governo no dia 20 de julho.
Dentre os outros grupos que registraram acréscimo no período, a FGV destaca os itens hortaliças e legumes (1,49% para 4,37%), em alimentação; tarifa de telefone móvel (0,62% para 0,76%), no segmento comunicação; e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,08% para 0,27%), em saúde e cuidados pessoais.
Por outro lado, o item roupas (-0,31% para -0,52%) foi o principal responsável pela queda maior em Vestuário; salas de espetáculo (1,93% para 0,88%) ajudou na desaceleração de educação, leitura e recreação; e cartão de telefone (1,24% para 0%) influenciou o decréscimo de despesas diversas.
Depois de mostrar elevação constante em julho, a tarifa de eletricidade residencial (5,95% para 5,04%) começou a desacelerar na primeira quadrissemana de agosto, contribuindo para o arrefecimento em habitação.
Isso porque a diferença de preços entre a bandeira amarela (R$ 2 por KW/h) e a bandeira vermelha (R$ 3 KW/h) – vigente este mês – é menor do que da bandeira verde (sem cobrança extra) em relação à amarela, o que aconteceu no mês passado.
Mesmo com a desaceleração, a tarifa de eletricidade residencial continuou como uma das principais influências individuais de alta na primeira quadrissemana de agosto, seguida por gasolina, tomate (mesmo com o alívio de 24,30% para 22,12%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%) e condomínio residencial (a despeito do arrefecimento de 2,61% para 1,32%).
Já entre as maiores influências individuais de baixa na primeiro leitura do IPC-S ficaram batata-inglesa (apesar da deflação menor, de -29,30% para -26,28%), leite tipo longa vida (-2,81% para -3,35%), banana-prata (-6,88% para -7,00%), feijão carioca (-6,44% para -10,56%) e laranja pera (mesmo com a taxa mais elevada, de -9,38% para -7,38%).
O Sul.
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