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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Corte de verba emperra projeto de monitoramento nas fronteiras.

O contingenciamento de 48% dos recursos de investimento do Ministério da Defesa via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) leva as Forças Armadas a estudar medidas drásticas para se adequar à falta de dinheiro
As saídas em análise passam por antecipar a baixa de recrutas, diminuir o horário do expediente e revisar contratos. Antes de bater o martelo sobre decisões mais radicais, a Defesa já descartou ações que estavam previstas para este ano, como a expansão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) do Mato Grosso do Sul, onde funciona como projeto-piloto. Não há recursos para adquirir os equipamentos necessários para colocar a estrutura em funcionamento no Mato Grosso e na região Sul.
A Operação Pipa, de distribuição de água por meio de carros-pipa a comunidades em situação de seca no Nordeste, também está ameaçada pela falta de recursos. Parte da entrega é feita pelo Exército, que utiliza recursos próprios na mobilização de pessoal, embora o programa também receba recursos do Ministério da Integração Nacional. A compra de guaranis, um carro blindado produzido pela indústria nacional, também entrou na mira das tesouradas. De uma previsão inicial de cerca de 2,2 mil veículos que seriam comprados nos próximos anos, o Exército já havia reduzido para pouco mais de 1,5 mil e agora pode diminuir ainda mais o pedido.
O Globo.

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