O sorriso do estudante Gabriel Gomes, de 19 anos, que tem síndrome de Down, demonstra a alegria de ter conquistado a vaga no curso de Educação Física em uma universidade particular de Natal. “Tirei de letra. Eu tenho muita fé e sabia que ia conseguir”, comemora Gabriel, que sonha em ser técnico de futebol quando se formar.
Gabriel não teve correção diferenciada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e, na universidade, concorreu de igual para igual com todos os outros candidatos. “Ele apenas teve acompanhamento durante a aplicação da prova", disse a mãe do jovem, Márcia Gomes. Ela conta que a escolha do curso e a decisão de prestar o vestibular foram do estudante. “Desde o início do ano passado ele já começou falar que queria Educação Física”, conta.
Desde criança recebendo o incentivo da família para estudar, a dificuldade enfrentada pelo jovem estava em conseguir convencer os pais a deixá-lo raspar o cabelo. “Eu passei e quero raspar sim”, comemora Gabriel. Apaixonado pelo ABC e Grêmio, o jovem diz que ser técnico de futebol foi uma escolha natural, já que é fã do esporte. “Meu professor me inspirou. Eu já fiz futebol, futsal, judô, karatê, capoeira e natação”, conta, entusiasmado.
A rotina de estudos durante o ensino médio foi puxada. O próprio garoto conta que ia para a escola de manhã, fazia aulas complementares a tarde, e esportes no tempo livre. E mesmo com tantos afazeres, ainda tem tempo para namorar. "Minha namorada ainda não sabe que passei, mas vou contar a ela", diz Gabriel sobre contar a Mariana, namorada dele há oito anos.
Do: G1 RN.
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