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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Perto de completar três anos, Lava Jato já revelou 4 bilhões de reais em propinas.

Propina distribuída no posto de gasolina, repassada na paróquia e até escondida na calcinha. Às vésperas de completar três anos no próximo dia 17, a Operação Lava Jato rastreou pelo menos R$ 4,1 bilhões pagos a políticos, partidos e funcionários públicos. Desse total, R$ 577,8 milhões foram comprovados em ações já julgadas em primeira instância na Justiça Federal de Paraná e Rio.
Outro R$ 1,7 bilhão faz parte de processos e investigações em andamento, sem sigilo judicial. Para fechar a conta, há mais R$ 1,9 bilhão reconhecido pela Odebrecht, que admitiu ser este o valor pago por subornos apenas no Brasil.
As investigações mostram que o esquema de corrupção abasteceu políticos e partidos de variados matizes e ideologias. Entre os já condenados, há nomes como José Dirceu e André Vargas, do PT; o ex-senador Gim Argello, à época do PTB; Pedro Corrêa, do PP, e Luiz Argôlo, que foi do PP e do SD. Em todos esses casos, a Lava Jato conseguiu verificar de onde saiu o dinheiro e como foi recebido pelos beneficiários.
Em nota, o procurador da República Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), afirmou que os dados reforçam a importância
da colaboração premiada e quanto ela é imprescindível para recuperação de recursos desviados.
“Sem os acordos haveria necessidade de aguardar o trânsito em julgado de uma condenação, o que pode levar anos, com risco concreto de o processo ser cancelado pela demora, e os valores desviados devolvidos aos criminosos”, afirmou Mattos em nota. 
O Sul.

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