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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Em Manaus os números da rebelião: 144 detentos nas ruas e 60 mortos em menos de 24 horas.

O Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública confirmou a fuga de 184 presos do sistema penitenciário do Amazonas neste domingo, dia em que foi registrado osegundo maior massacre em presídios de toda a história do País.
De acordo com os dados divulgados no final da tarde desta segunda-feira,  foram 72 presos que fugiram do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e mais 112 fugitivos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), palco da carnificina protagonizada pela facção Família do Norte contra o grupo criminoso rival ,o Primeiro Comando da Capital.
De acordo com os levantamentos, até as 17h de hoje, apenas 40 presos haviam sido recapturados. Neste domingo, o secretário de Segurança Pública Sérgio Fontes afirmou que o Exército está ajudando nas buscas e que equipamentos que medem focos de calor serão usados para identificar possíveis foragidos em áreas de mata, uma vez que o Ipat e o Compaj ficam em área rural.
Ainda de acordo com o comitê,  foram confirmadas 56 mortes de detentos no Compaj. Somadas às quatro registradas nesta segunda-feira na Unidade Prisional do Puraquequara, que fica na zona leste de Manaus, foram 60 mortos nos presídios da cidade em menos de 24 horas.
Mortes serão investigadas
A Força-Tarefa de investigação é formada por delegados de unidades especializadas e Distritos Integrados de Polícia (DIPs) e será coordenada diretamente pelos delegados Ivo Martins, Tarson Yuri e Rodrigo de Sá Barbosa, titulares, respectivamente, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), 4ª Seccional Oeste e 20º DIP, localizado no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.
O objetivo também é identificar os líderes do movimento no dia 1º de janeiro e responsabilizá-los criminalmente.  “Os delegados vão ser responsáveis na apuração das mortes no Compaj nas últimas 24h e todo o trabalho será iniciado a partir de imagens de câmeras do circuito interno da penitenciária. Eles também vão colher depoimentos de presos e de agentes penitenciários da unidade prisional”, disse o delegado-geral Francisco Sobrinho.
O Comitê de Gerenciamento de Crise é formado por mais de 20 órgãos dos governos Estadual, Federal e Municipal, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), e acompanha a situação das unidades do sistema prisional da capital.
Com informações de A Critica. 

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