O Brasil teve 392 mortes violentas registradas dentro dos presídios no ano passado, segundo levantamento feito pelo site G1 com base em dados fornecidos pelos governos dos 26 Estados e do Distrito Federal. O número equivale a uma média de mais de um morto por dia, e os dados se referem a todas as mortes consideradas não naturais, o que inclui homicídios e suicídios.
O Amazonas, onde 56 detentos foram assassinados no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) neste ano, teve dez mortes em 2016 – menos de 1/5 das mortes registradas no primeiro dia de 2017 em Manaus. No Rio Grande do Sul, ocorreram 15 mortes.
O Ceará aparece na primeira posição do ranking, com 50 mortes. Parte delas ocorreu em apenas uma rebelião no CPPL (Centro de Privação Provisória de Liberdade), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Foram 14 assassinatos em maio em decorrência de conflitos entre detentos. Houve uma crise com sucessivos casos pelo Estado, e a Força Nacional teve de ser acionada.
Exceção
De todos os Estados, apenas o Espírito Santo não teve mortes violentas nas prisões no ano passado, segundo o governo local. O secretário da Justiça do Estado, Walace Tarcísio Pontes, disse que o ES vem reduzindo o número de mortes nos últimos anos e, em 2015, também não registrou nenhum óbito violento nos presídios.
“A raiz de tudo está na atenção. Estamos com um parque prisional de certa forma pacificado, por conta de atenção mínima. Alimentação, saúde, educação, temos que ocupar os presos, assistência religiosa. Isso permite um sistema menos tensionado”, afirmou o secretário.
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