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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Psicólogos vão avaliar em até 60 dias se Suzane Richthofen pode ser solta.

Condenada pela morte dos pais, Suzane Richthofen, 32, terá que ser avaliada por dois psicólogos e um psiquiatra para saber se poderá cumprir os anos restantes de sua pena em liberdade. O exame criminológico foi pedido pelo Ministério Público e deve ser feito em até 60 dias na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, onde ela cumpre pena de 39 anos pelo crime.
A Justiça negou pedido da defesa de Suzane para que a avaliação fosse feita por funcionários do próprio presídio. Decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté determinou que os especialistas sejam indicados pela Justiça para atestar a capacidade da detenta em viver fora do sistema prisional. O laudo vai servir para a Promotoria defender ou não sua soltura.
A defesa alegou em pedido negado pela Justiça que ela está sendo vítima de “pré-juízo e pré-julgamento”, já que é praxe funcionários da penitenciária realizarem exame criminológico. O advogado acusou a Promotoria de desconfiar da parcialidade dos profissionais e defender que ela tem “uma personalidade manipuladora” capaz de influenciar as conclusões técnicas.
Suzane progrediu para regime semiaberto há um ano e, em junho, protocolou pedido para sair da prisão. Segundo a defesa, ela atingiu em maio lapso temporal que a permite ir ao regime aberto devido aos anos de trabalho em uma oficina de costura na prisão.
O defensor público ressaltou também que a atuação de profissionais da iniciativa privada não garante que será preservada “a dignidade, o sigilo e a proteção contra o sensacionalismo” do processo.
Na última quarta-feira (11), Suzane teve direito à oitava saída temporária, no Dia da Criança. Ela foi filmada saindo da penitenciária e entrando no carro do namorado, Rogério Olberg.
CRIME
Suzane, seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Christian, foram condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, ocorridos em 2002. Cristian Cravinhos deixou a prisão e foi para o regime aberto em agosto deste ano. Daniel ainda está no semiaberto.
Há um ano, a Justiça de São Paulo determinou que a herança da família Von Richthofen seja entregue apenas ao irmão de Suzane, Andreas Albert von Richthofen. Na sentença, o juiz determinou que ela deveria ser excluída da partilha dos bens por considerá-la “indigna”.
A herança é calculada em mais de R$ 3 milhões. Em 2014, Suzane se casou com Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP). Mas Sandrão, como é conhecida, conseguiu a progressão para o semiaberto em fevereiro de 2015 e se mudou para outra unidade prisional, em São José dos Campos.
Suzane assumiu o relacionamento com o empresário Rogério Olberg em maio do ano passado.
Folha de São Paulo

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