O Boca Juniors deverá conquistar sua sétima Copa Libertadores em Luque, no Paraguai, na próxima terça-feira, 27. Não haverá gols, suor ou festa da torcida, mas apenas canetadas de cartolas engravatados, sob o ar-condicionado de uma sala de reuniões. Esta parece ser a única solução possível para a Conmebol,ainda que represente um vexame histórico e insuperável para o futebol da América do Sul. A bárbara violência dos torcedores transformou a “maior final de todos os tempos” em um fiasco sem precedentes. Um retrato da intolerância e do atraso que assolam não apenas a sociedade argentina, mas também do Brasil e de quase todos os vizinhos. Mas também serviu como um justo castigo para os dirigentes que conduziram a Libertadores mais vergonhosa de todos os tempos.
Em 2018, os finalistas River Plate e Boca Juniors tiveram atletas escalados de forma irregular, mas foram perdoados pela Conmebol, em casos bastante semelhantes ao do uruguaio Carlos Sánchez, do Santos – esse, sim, punido com uma derrota por 3 a 0 nas oitavas de final, contra o argentino Independiente, que acabou eliminando a equipe brasileira. Na semifinal, a equipe “milionária” voltou a contar com a condescendência da entidade, quando seu treinador Marcelo Gallardo descumpriu, de forma totalmente debochada, às normas do torneio, na vitória do River sobre o Grêmio, em Porto Alegre.
Revista Veja.
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