O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, cogitado há alguns meses para ser o candidato do PSB (Partido Socialista Brasileiro) à Presidência da República, confirmou nesta terça-feira (08), pelo Twitter, que não concorrerá ao cargo. De acordo com ele, a decisão é “estritamente pessoal”.
Na mais recente pesquisa Datafolha, realizada no mês passado, Barbosa aparecia bem posicionado, em torno dos 10% das intenções de voto, superando políticos tradicionais como o tucano Geraldo Alckmin, que ficou entre 7% e 8%.
Barbosa vinha mantendo suspense sobre a decisão de disputar ou não a Presidência da República. À revelia, o PSB já havia começado a montar uma estrutura de campanha e a procurar partidos para compor a chapa presidencial. Os dirigentes pessebistas avaliaram que era necessário antecipar a organização da legenda mesmo sem o aval do ex-ministro.
Em abril, a bancada da legenda na Câmara divulgou um manifesto público cobrando do ex-ministro contribuição para que a sigla possa “revigorar” projeto eleitoral apresentado em 2014, quando o partido teve candidatura própria ao Palácio do Planalto.
Recém-filiado, o ex-presidente do STF já era considerado o virtual candidato do partido. A resistência inicial a um projeto eleitoral encabeçado pelo ex-ministro foi superada internamente, disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, no início de abril.
Sem surpresas
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ser compreensível a decisão de Barbosa de não ser candidato à Presidência da República nas eleições deste ano. O dirigente informou também que o partido deve se reunir nas próximas semanas para discutir se vai tentar viabilizar outra candidatura ao Planalto ou não.
“Ele [Barbosa] avisou hoje cedo. Ligou agradecendo muito ao partido, disse que refletiu muito e que tinha decidido não ser candidato”, afirmou Siqueira. De acordo com ele, Barbosa alegou questões de foro íntimo para não disputar. “Disse a ele que era compreensível porque é uma decisão de foro muito íntimo ser ou não candidato em uma eleição”, afirmou.
O presidente do PSB contou que esteve com o ex-ministro na semana passada, quando acertaram a contratação de assessores e marcação de encontros com economistas e especialistas na área social para discutir pontos de um futuro plano de governo. “Estivemos juntos na semana passada, tomamos uma série de decisões, mas ele recuou”, declarou o dirigente partidário.
Siqueira disse que a decisão de Barbosa “não chega a ser completamente uma surpresa”. “Essa dúvida ele sempre teve”, explicou. “Nós nunca asseguramos a legenda para ele, assim como ele nunca assegurou para nós que seria candidato. Então, estava dentro do combinado”, acrescentou. O presidente disse que o partido vai discutir o que fazer a partir de agora nas próximas semanas. “Vamos discutir esse assunto posteriormente”, declarou.
Rivalidade
Foi a consolidação do nome de Barbosa como possível candidato do PSB ao Planalto que levou o ex-ministro Aldo Rebelo a deixar o partido. Aldo foi anunciado como pré-candidato do Solidariedade. Nos últimos meses, o ex-ministro também havia ganhado aliados internos como o deputado Alessandro Molon (RJ), que deixou a Rede para ingressar no PSB.
O Sul.
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