A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) informou que, a partir desta sexta-feira (25), todas as linhas de produção das montadoras instaladas no Brasil estarão paradas em razão da greve dos caminhoneiros. “A greve afetará significativamente nossos resultados tanto para as vendas, quanto para a fabricação e exportação”, diz nota da entidade.
No mês passado, segundo a Anfavea, a média diária de produção foi de 12,6 mil unidades. Ainda de acordo com a associação, a indústria automobilística “gera de impostos mais de R$ 250 milhões por dia e, por isso, essa paralisação gerará forte impacto na arrecadação do País”. As montadoras também estão com dificuldade para distribuir os carros já fabricados para as concessionárias.
Vendas
Os licenciamentos de veículos novos no Brasil em 2018 vão superar a atual projeção de crescimento de cerca de 12%, afirmou nesta semana o presidente da Anfavea, Antonio Megale. Segundo ele, o setor já apresenta um crescimento acima de 20%.
“No segundo semestre, deve haver uma redução nesse ritmo, por causa da comparação com o desempenho mais forte de um ano antes, mas certamente vamos superar o crescimento de 12% que estamos projetando atualmente”, detalhou Megale em entrevista à imprensa, ao apresentar o Salão do Automóvel de São Paulo, que será realizado em novembro.
No primeiro quadrimestre, as vendas de veículos novos no Brasil subiram 21,3% sobre um ano antes, para 763 mil unidades. A produção disparou 20,7%, chegando a 966 mil.
No que se refere às vendas atuais de veículos, Megale alerta que a greve dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira, impactará o registro de licenciamentos do mês, por causa dos atrasos no envio de modelos das fábricas às concessionárias.
Evento
E edição do Salão do Automóvel de 2018 já tem mais de 30 marcas de veículos confirmadas e expectativa de atração de mais de 700 mil pessoas ao longo dos dez dias do evento, que também terá mais de 500 modelos de veículos. Em 2016, ano de agravamento da crise econômica, 26 marcas participaram da mostra.
A expectativa de público não é recorde e, segundo os organizadores, não se deve às incertezas relacionadas com o cenário eleitoral ou da economia. “Não vemos nenhum tipo de ligação da previsão de público com as eleições. Não estamos pessimistas, mas focados em melhorar a experiência dos visitantes. Temos os mesmos dez dias de duração e não é nossa intenção baixar o preço para abarrotarmos os corredores de público”, disse o vice-presidente-executivo da Reed Exhibitions, organizadora do Salão.
Uma das novidades do evento deste ano será o fim das cotas de importação, que limitavam marcas que não têm fábrica no Brasil a vendas de 4,8 mil veículos sem incidência de sobretaxas.
O Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário