O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-um, comprometeram–se nesta sexta-feira (27) a assinar um acordo de paz para colocar o fim à guerra entre as Coreias ainda este ano. Esse pacto vai substituir o armistício de 1953. Essa guerra foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve fim oficial.
Líderes também concordaram em trabalhar pela desnuclearização da península em declaração conjunta feita durante encontro histórico que acontece em Panmunjon, zona desmilitarizada entre os dois países.
"Os dois líderes solenemente declararam ante 80 milhões de coreanos e todo o mundo que não vai haver mais guerra na península da Coreia e que uma nova era de paz começou", diz a declaração feita nesta manhã, segundo a CNN.
No encontro desta manhã (horário local), que durou 100 minutos, “falaram sobre a desnuclearização, estabelecimento da paz na península e sobre melhoria das relações” entre os dois países, que seguem em guerra, segundo informou o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan.
Líderes das Coreias plantam árvore como sinal de paz A conversa entre os dois líderes teve início às 10h15 (22h15 de quinta, 26, em Brasília). Após se cumprimentarem, Moon aceitou o convite de Kim e pisou brevemente no lado Norte da fronteira, sorrindo. Em seguida, ambos cruzaram para o lado Sul.
O presidente sul-coreano disse a Kim que estava "feliz por conhecê-lo" e mais tarde afirmou que a presença de Kim fazia de Panmunjon um símbolo de paz, e não mais de divisão.
Eles foram então escoltados por uma guarnição de honra até a Casa da Paz, edifício que abriga a cúpula e que está localizado na margem sul da fronteira intercoreana. Foi neste local que o cessar-fogo de 1953 entre os dois países foi assinado.
Ali, Kim assinou um livro de visitas, onde deixou a seguinte mensagem: “Uma nova história começa agora - no ponto inicial da história e na era da paz”.
A agência norte-coreana KCNA afirmou que Kim pretende "discutir de coração aberto com Moon Jae-in todas as questões com objetivo de melhorar relações intercoreanas e alcançar paz, prosperidade e reunificação da península coreana".
O líder norte-coreano disse ainda ao presidente sul-coreano que está disposto a visitá-lo em Seul "a qualquer momento que for convidado", informou a presidência sul-coreana.
Kim é o primeiro líder norte-coreano a pisar em solo sul-coreano desde o final da Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com um cessar-fogo em vez de um tratado de paz.
G1
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