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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Turismo de inverno tem aquecido economia do Rio Grande do Norte.

Martins é um dos municípios que mais é favorecido pelo período invernal
Apesar de ficar em uma das regiões mais quentes do Brasil, o Nordeste contém algumas cidades que se beneficiam do clima frio para atrair turistas na estação de inverno. Alguns destes municípios, como Martins e Portalegre, por exemplo, estão localizados no Rio Grande do Norte e ajudam o estado, mais famoso por suas locações cálidas, a não perder na geração de receitas durante este período do ano.
O Agora Jornal conversou com a prefeita de Martins, Olga Fernandes (DEM), para conhecer mais sobre esta realidade curiosa do turismo potiguar, bem como suas atrações e benefícios. “Martins hoje é, essencialmente, uma cidade turística. O que faz o dinheiro girar é o turismo. Neste período de inverno, vivemos nossa alta estação”, explicou.
A prefeita contou que já tomou providências para que os turistas que estiverem em Martins no início de agosto não fiquem entediados. “Para completar, fechamos para os dias 4, 5 e 6 de agosto a realização da 11ª edição do Festival Gastronômico e Cultural de Martins. A prefeitura está fazendo, pela primeira vez, o evento sozinha. Teremos vários restaurantes, lanchonetes, tendas de vinho, tenda literária e de artesanato, além de shows de artistas de jazz, MPB, pagode e samba no coreto. No palco maior – são dois palcos –, teremos outros artistas. Vai ser grandioso e bacana”, prometeu.
No Rio Grande do Norte, têm sido comuns chuvas fortes neste período invernal. Em Martins as baixas temperaturas não são exceção. Olga Fernandes, todavia, acredita que isso é mais um bônus que se soma aos destaques naturais da cidade. “Comumente está fazendo 15 graus à noite. Tudo isso torna muito agradável o clima para curtir as belezas naturais e a gastronomia”.
Para receber turistas, qualquer cidade precisa ter uma estrutura adequada, isto é, se quiser que os visitantes retornem mais vezes. De acordo com a prefeita de Martins, a cidade está muito bem equipada para conseguir esta pretensão.
“São 640 leitos de hospedagem que estão praticamente lotados todas as semanas. Gira um valor financeiro considerável nesta época do ano. Nossa cidade é bem estruturada e organizada. Temos facilidade de mobilidade. Os acessos para as pessoas se dirigirem a Martins são bons”, celebrou.
Martins, contudo, precisa lidar com uma das menores verbas concedidas pela União – o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) –, por ser uma cidade pequena (tem apenas 9 mil habitantes). Para sobreviver, nas palavras da prefeita Olga, é através da criatividade que o município busca soluções. Por isso, a importância do turismo de inverno para a economia local.
O município de Martins arrecada, segundo informações da Controladoria-Geral, uma média de R$ 40 mil por mês apenas de ISS (Imposto Sobre Serviços). Isso significa que Martins recolhe cerca de R$ 480 mil de tributos em virtude da atividade turística. Nesta época do ano, a média sobe. O ISS representa 5% de todo o faturamento das empresas do município. Então, se forem considerados os outros 95%, significa que, por mês, giram cerca de R$ 800 mil.
PORTALEGRE E SERRA DE SÃO BENTO
Além de Martins, também se beneficiam do turismo de inverno os municípios de Serra de São Bento e Portalegre. De acordo com Manoel Freitas (PP), prefeito da cidade que – quase – compartilha o mesmo nome da capital gaúcha, a prática do turismo de inverno é de extrema de importância para Portalegre, uma vez que é uma atividade que gera ocupação e renda. Ainda segundo ele, a cidade possui uma boa estrutura de hotéis e várias pousadas que, para o tamanho do município (110km²), se encontram em números adequados.
Localizada na Região da Borborema Potiguar, Serra de São Bento também é conhecida por seu turismo de inverno. É besta época que é realizado um alegre Festival de Inverno que reúne milhares de turistas todos os anos no mês de agosto. O Festival da Cachaça e o Festival Gastronômico são atrações que fazem parte da programação. Para completar, a região favorece à prática do ecoturismo e esportes radicais, como cavalgadas, trekking, moutainbike e trilhas.
agora rn.

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