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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Barragens subterrâneas e resgate de solo aliviam efeitos da seca no RN.

Em Jardim do Seridó, projeto de barragem subterrânea já começa a dar os primeiros frutos (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
O quinto ano seguido de poucas chuvas no Rio Grande do Norte – já considerada a estiagem prolongada mais severa da história do estado – não deixa alternativa para o sertanejo: ou abandona a terra ou aprende a conviver com a seca. No estado, a Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural) vem desenvolvendo projetos que estão ajudando o pequeno agricultor a suportar os efeitos da escassez de água. A construção de barragens subterrâneas e o trabalho de recuperação de solos degradados são dois exemplos.


(O G1 publica nesta semana uma série de reportagens sobre a mais severa estiagem da história do semiárido potiguar e as consequências da chamada 'seca verde')
Entre os dias 3 e 6 deste mês, o G1 foi a onze cidades do interior potiguar para a ver de perto como o sertanejo, animais e também a vegetação do semiárido vêm resistindo à falta d'água. Em Umarizal e Jardim do Seridó, onde a seca também é braba, os projetos da Emater estão fazendo a diferença. "Me ajuda e ajuda muito toda minha família", afirmou o agricultor Francisco Gurgel de Freitas, de 62 anos, ao falar sobre o projeto 'Segunda Água', no qual a Emater constrói barragens subterrâneas nas terras de pequenos produtores rurais.
Feliz da vida com os mamões que colhe, Francisco Gurgel de Freitas quer aumentar a produção (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
Conhecido como Chico de Raulino, foi o agricultor quem explicou como funciona este tipo de barragem. "Cavamos uma vala na parte mais baixa do terreno, colocamos uma lona plástica dentro e a prendemos nas pedras que estão no fundo do solo. Quando a chuva cair, a água vai infiltrar na terra, mas não vai escoar pelo fundo por causa das rochas e também não vai escapar pelos lados porque a lona vai segurar. Assim, temos um barramento subterrâneo que segura a água como uma piscina embaixo da terra", disse.
Do G1 RN. .

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