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quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulheres se destacam pelo protagonismo ao empreender.

Eunice Estevão não deixou que a deficiência física fosse um empecilho para demonstrar vontade de vencer. Ela está à frente de uma associação para portadores de necessidades especiais, no município de João Câmara. A instituição produz sabão, detergente e vassouras com materiais reciclados e transforma, não só os produtos, mas a vida de dezenas de pessoas ao ofertar ocupação e renda para quem estava à margem do mercado de trabalho.
Em Natal, Naya Alves também mostra a força da mulher para empreender e comanda dois negócios, um de balas caseiras e outro de representação de sorvetes e picolés saudáveis. Determinação semelhante teve Emanuelle Paiva, que foi pioneira em Mossoró ao implantar na cidade um serviço de home care com atendimento semelhante ao que é feito em uma unidade hospitalar.
Esses são apenas alguns dos muitos exemplos de mulheres potiguares que enxergaram na abertura de um negócio uma forma de se posicionarem e também de obter autonomia financeira. Na indústria, no comércio ou na prestação de serviços, as mulheres se destacam cada vez mais no cenário empreendedor. O número é cada vez maior. De acordo com a última pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), entre as pessoas que decidiram abrir um negócios nos ultimos 3,5 anos, as mulheres já têm uma taxa de empreendedorismo superior à dos homens.
A taxa delas é de 15,4%, enquanto a masculina é de 12,6%. A pesquisa GEM constatou também que as mulheres abrem uma empresa mais por necessidade do que os homens. Entre os novos empresários, 48% delas iniciam a atividade empresarial porque precisam complementar a renda ou se buscam recolocação no mercado de trabalho. Já entre os homens, esse número cai para 37%.
Segundo a pesquisa Donos de Negócio no Brasil, análise de gênero (que utiliza dados da Pnad/IBGE de 2016), o número de brasileiras empresárias cresceu 34% entre 2001 e 2014, enquanto o aumento de homens nesta situação, no mesmo período, foi de 14%. Elas empreendem mais em casa (35%), são mais qualificadas que os homens empresários e dedicam menos tempo ao negócio (34 horas semanais, enquanto os homens trabalham 42 horas por semana).
Via portal no ar. 

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