O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, trocou os passeios turísticos pelos assuntos de Estado nesta segunda-feira (21), segundo dia de sua visita histórica a Cuba, e foi recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro, em Havana.
Obama e Raúl realizaram sua quarta reunião, provavelmente a mais substancial, no Palácio da Revolução, onde Raúl e seu irmão mais velho e antecessor, Fidel Castro, mantiveram viva a resistência de Havana à pressão dos EUA durante décadas.
O presidente dos EUA deve pressionar por reformas econômicas e democráticas, mas também deve ouvir queixas sobre a manutenção das sanções econômicas norte-americanas.
Uma visita de um presidente dos Estados Unidos ao coração do poder cubano seria impensável antes da reaproximação operada por Obama e Raúl 15 meses atrás, quando concordaram em encerrar uma disputa nascida na Guerra Fria que durou cinco décadas e continuou mesmo após o fim da União Soviética.
Os dois líderes têm diferenças profundas para debater enquanto tentam reconstruir a relação bilateral.
Em casa, críticos de Obama querem que ele pressione o governo comunista de Raúl a permitir a dissidência política e a abrir mais sua economia estatal de perfil soviético.
Seus assessores disseram que Obama irá incentivar a adoção de mais reformas econômicas e de mais acesso à internet para os cubanos.
"Uma das coisas que estaremos anunciando aqui é que o Google tem um acordo para começar a disponibilizar mais acesso a Wi-Fi e internet de banda larga na ilha", disse Obama à rede de televisão ABC News em uma entrevista exibida nesta segunda-feira. Ele não deu maiores detalhes, e não foi possível falar com representantes do Google de imediato.
O governo Obama espera ver mudanças também no congresso do Partido Comunista no mês que vem, mas duvida de qualquer abertura política.
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