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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

RN registra queda de 54% na doação de órgãos nos primeiros oito meses de 2018.

De janeiro a julho deste ano, o Rio Grande do Norte registrou queda de 53,94% na doação de órgãos em relação ao mesmo período de 2017. A causa se deve ao aumento da recusa por parte da família do doador.
De acordo com dados da Central de Transplantes do Rio Grande do Norte (CET), foram realizados 241 transplantes em 2017, sendo 179 de córneas e outros 62 de rins. Em 2018, o número total caiu para 111, sendo 83 de córneas e 28 de rins.
Com a queda, o Rio Grande passou a ocupar o terceiro lugar em número de doações de órgãos no Nordeste, com 11,4 doadores por milhão de população (pmp). O Ceará lidera lista, com 25,9 pmp, e Pernambuco vem logo depois, com 17,7 pmp.
Segundo a CET, a maior dificuldade para a doação de órgãos é a recusa familiar. O principal motivo é o desconhecimento em vida do desejo de doar por parte do falecido.
Além disso, a indecisão dos familiares e o descontentamento com o atendimento médico também geram perdas de possíveis doadores. A entidade também aponta a ocorrência de fatores relacionados às questões religiosas dos potenciais doadores.
Atualmente, o Rio Grande do Norte realiza transplantes de rins, córnea e medula óssea. A lista ativa de espera para transplante de córnea é de 174 pacientes e de 213 para transplante renal.
O mês de setembro é considerado o mês do doador de órgãos e tecidos. Será realizada no período a campanha “Setembro Verde”, em que são realizadas campanhas em prol da doação. A CET informa que campanhas de conscientização, capacitações de profissionais de saúde e divulgações na mídia estão sendo feitas para reverter o quadro.
Por  Aldeline Pereira agorarn.

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