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terça-feira, 11 de julho de 2017

Repórter usava codinomes 'Dra. Carla' e 'R-35' em facção criminosa, diz promotor.

A jornalista, advogada e modelo Luana de Almeida Domingos, de 32 anos, usava os codinomes "Dra. Carla" e "R-35" para repassar informações de crimes do Primeiro Comando da Capital (PCC) a presos e membros da facção, informa o Ministério Público (MP).

Luana Don, como é conhecida, foi presa terça-feira (4) em Ilhabela e levada para delegacia em São Paulo, acusada de participar de organização criminosa. Nesta quinta-feira (6), ela foi transferida para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, no interior do estado.
“Ela e outros advogados trabalhavam para o braço jurídico do PCC, usando e-mails com nomes falsos para dificultar que a investigação chegasse a eles”, disse ao G1 o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do MP de Presidente Prudente.

Codinomes

Os advogados pertenciam ao setor 'R' da organização, sigla alusiva a 'recursistas'. Por esse motivo, eles recebiam codinomes, sempre com a letra 'R'. Luana, no caso, era a advogada número 35 dos 'recursistas', por isso recebeu o codinome 'R-35'. Ela também era chamada pelo nome falso de 'doutora Carla', ou 'Dra. Carla'.

'Musa do crime'


Policiais estão chamando a mulher de ‘musa do crime’. Antes da prisão, Luana era conhecida como repórter do Superpop, apresentado por Luciana Gimenez na Rede TV!. A jornalista ficou no programa de 2012 a 2015.

Por causa da presença de Luana no 89º DP, a delegacia havia recebido reforço policial, de acordo com policiais civis. Segundo investigadores, além dos dez agentes que já trabalhavam nesta manhã no local, mais dez policiais armados com fuzis e metralhadoras estavam no prédio por questões de segurança, já que a presa responde por envolvimento com a principal organização criminosa do estado.
G 1 RN.

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