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segunda-feira, 10 de julho de 2017

Funcionários do Vasco podem ter facilitado entrada de bombas.

O major Hilmar Faulhaber, do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que comandou o policiamento no clássico entre Vasco e Flamengo, afirmou neste domingo que acredita que as bombas atiradas no gramado de São Januário, após o jogo de sábado, provavelmente não estavam com os torcedores no momento da revista para a partida do Brasileirão. Segundo Faulhaber, a quantidade de artefatos era “muito maior” do que em outros jogos e que é possível que tenham entrado em São Januário via funcionários do clube mandante ou vendedores ambulantes. O major, no entanto, ressalta que não houve desleixo por parte da polícia e que não acredita que o clube tenha incentivado esse tipo de ação.
– As pessoas que trabalham no estádio chegam antes do policiamento e podem ter entrado com as bombas escondidas. Ou até em dias anteriores ao jogo. São cerca de mil pessoas. Quem garante que essas pessoas não tem ou não tiveram relação com as organizadas? Não sei dizer se o clube faz revista em seus funcionários. Porque a quantidade de bombas era muito maior do que a de outros jogos. Não foi normal, eram muitas bombas – declarou Faulhaber, que disse que após o episódio “ligou-se o sinal vermelho, de alerta”. – A revista, feita por nós e por seguranças privados contratados pelo Vasco, não pega tudo, claro. Passa alguma coisa escondida em sapato e roupa íntima, por exemplo. Mas ontem (sábado) essa quantidade foi enorme. Repito, não foi normal.
Em nota divulgada neste domingo, a Polícia Militar ressaltou que a revista “é de responsabilidade do clube, que possui funcionários destinados a isso em todos os pontos de acesso”. Segundo a nota, o Gepe “supervisiona a revista”.
Segundo Faulhaber, desde o início do jogo, as torcidas organizadas do Vasco já estavam “se estranhando”. E que o clima de briga era iminente. O major acredita que torcedores vascaínos premeditaram a confusão e que o episódio pode ter relação com a política interna do clube. Ele também lembrou que a briga não foi entre torcidas rivais, entre Vasco e Flamengo.
– Não acho que o clube incentive esse tipo de coisa. Não imagino que o Vasco tenha facilitado a entrada desse tipo de artefato. Me refiro a pessoas isoladas – esclareceu o major. – A confusão ocorreu apenas na torcida do Vasco que estava tão misturada que não detectamos qual organizada começou a lançar as bombas e a criar tumulto e briga. Acho que tem relação direta ao momento do clube, à política. As bombas, aliás, foram um item importante. Mas, esses vândalos também depredaram o local e partiram para cima da polícia.
A assessoria de imprensa do Vasco informou que “assim como ocorre em várias empresas”, os funcionários do clube “não passam por revista e que alguns, dependendo da função que exercem, são revistados quando deixam o clube. Não quando entram.”
O GLOBO

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