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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Liderança do governo articula blindagem de Geddel na Câmara.

Em mensagem encaminhada às lideranças da base aliada na tarde desta terça-feira (22), integrantes do gabinete do líder do governo, André Moura (PSC-SE), articulam uma blindagem ao ministro Geddel Vieira Lima (Secretária de Governo).
No texto, a que o “Estado de S.Paulo” teve acesso, um dos subordinados de Moura diz que a liderança do governo pede aos servidores das demais lideranças que orientem os deputados da base aliada a comparecerem aos colegiados, onde constam pedidos de convocação de Geddel e do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
“Prezados colegas, a Liderança do Governo solicita que orientem aos deputados da base membros das Comissões de Fiscalização Financeira e Controle *(CFFC)* e de Cultura *(CCULT)* que compareçam às reuniões de amanhã (quarta-feira, 23) a serem realizadas às *10h no plenário 9* e às *13:30 no plenário 10*, respectivamente”, diz trecho da mensagem.
No convocação, a possibilidade de Geddel e de Calero serem chamados, para darem explicações, é tratado como “sensível” ao governo. E há a orientação expressa para que todos os pedidos apresentados pela oposição nas comissões sejam rejeitados.
“O governo tem uma pauta bastante sensível em ambas as comissões e faremos esforço para rejeitar todos os requerimentos de convocação do ministro Geddel e de Convite do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. Portanto, será necessário que consigamos manter os deputados nos plenários das comissões e sempre no nosso radar. Ficamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e contamos com o apoio dos assessores da base. Atenciosamente, assessoria de Comissões. Liderança de Governo” diz trecho final da mensagem.
A iniciativa ocorre poucas horas depois de Geddel receber o apoio de líderes dos partidos da base aliada em reunião realizada no início da tarde no Palácio do Planalto. Além dos líderes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterou o discurso em defesa de Geddel ao afirmar que o episódio é um caso “já superado”.
Ao deixar o governo Temer na sexta-feira (18), o ex-ministro da Cultura acusou Geddel de pressioná-lo para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador, em que também teria um unidade. Em meio às acusações, representantes da oposição no Congresso pedem que sejam dadas explicações dos dois em audiência na Câmara e do Senado, bem como a saída imediata de Geddel do cargo. (AE)

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