Delegada-geral do Estado, Ana Claudia Saraiva Gomes |
A comissão organizadora do concurso para Polícia Civil trabalha no processo desde fevereiro deste ano. O grupo é formado por cinco servidores da Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos (Searh) e quatro delegados da Polícia Civil.
“Atualmente, o concurso está na de escolha da empresa que irá realizar as provas. A nossa meta é que o novo edital seja lançado no início do segundo semestre”, ressaltou a delegada Ana Cláudia Saraiva, durante entrevista ao programa “Patrulha Agora”, apresentado por Genésio Pitanga, na rádio Agora FM.
O processo de contratação de novos agentes de segurança deveria ter acontecido em 2018, mas o concurso foi revogado ainda em setembro do ano passado. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) encontrou diversas irregularidades na condução do certame.
O ingresso de novos policiais ajudaria na redução do crônico problema de déficit de pessoal da polícia. O atual efetivo no estado é de cerca de 1,4 mil agentes, segundo dados do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte (Sinpol). No entanto, a entidade aponta que o ideal seria um contingente de 5.150 de servidores, o que configura déficit de 3,7 mil pessoas.
A expectativa da Polícia Civil potiguar é obter, no mínimo, 302 vagas de servidores. Serão chamados 41 delegados, 26 escrivães e 235 agentes de polícia. “A chegada de novos agentes nos ajudará no combate mais efetivo da criminalidade”, diz Ana Cláudia Saraiva.
Apesar do atual quadro de déficit de profissionais, a segurança pública potiguar comemora os números obtidos nos primeiros quatro meses do ano. Houve redução em diversos índices de violência em todo o Rio Grande do Norte. O principal resultado foi a queda de 33% no número de Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLI) – homicídios, latrocínios e agressões seguidas de morte. Em 2018, o RN registrou 371 ocorrências deste tipo, sendo 180 casos a menos do que no ano anterior.
“O sucesso das ações acontece em razão da integração de todas as forças policiais do Estado. Temos realizado medidas contínuas para traçar ações de combate da criminalidade”, reforça Ana Cláudia Saraiva.
Segundo dados da Polícia Civil, o número de prisões efetuadas no Estado aumentou 14% no primeiro trimestre de 2019 em comparação com 2018. Ao todo, pelos mais diversos delitos, foram presas 256 pessoas. Um dos motores do aumento de efetividade da Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foram presas 43 pessoas envolvidas em assassinatos nos três primeiros meses do ano. Em 2018, no mesmo período de tempo, o número foi de 14 prisões.
“Estamos monitorando as áreas mais violentas do Estado. E este é um trabalho que precisa ser feito entre a área de investigação e as estatísticas criminais, pois a investigação, com o apoio da perícia, é umas das mais importantes ferramentas para o combate da criminalidade”, encerra.
Jalmir Oliveira.Agora RN.
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