Fotos

Fotos

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Enquanto o papa Francisco incentiva as lutas sociais, o Brasil as reprime.

O Vaticano recebeu no início do mês 5 mil representantes de movimentos populares de mais de 60 países, o III Encontro Mundial do gênero. Idealizador das assembleias, o papa Francisco encerrou o encontro no sábado 5 com um discurso em espanhol para 200 pessoas. Suave na fala, duro na mensagem.
Vestido de branco, condenou a força do dinheiro, responsável por um sistema “terrorista” que descarta “a maravilha da Criação, o homem e a mulher”, uma espécie de “ditadura”, como diziam seus antecessores Pio XI e Paulo VI.
Os universitários da UnB decidem ocupar a reitoria (Foto: Luis Nova/D A. Press)
E exortou os fiéis: “Vocês talvez sejam os que mais motivos têm para queixar-se, ficar presos nos conflitos, cair na tentação do negativo. Mas, apesar disso, olham adiante, pensam, discutem, propõem e atuam. Eu os felicito, os acompanho e lhes peço que sigam abrindo caminhos e lutando”.
Enquanto as lutas populares são exaltadas pelo pontífice, o Brasil recua 90 anos e trata delas como gostava o último presidente da República Velha, Washington Luís (1926-1930), um crente de que a questão social era caso de polícia. Sobra repressão por esses dias.
Os sem-terra que pedem reforma agrária são caçados pela polícia e a Justiça. Os estudantes inconformados com medidas impopulares do governo são alvo de decisões judiciais medievais, spray de pimenta no Congresso e deboches do presidente Michel Temer.
Carta Capital. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário