Em um cenário positivo para o mundo, o Brasil será um dos poucos países que terá queda real no valor dos salários em 2016, segundo pesquisa da Korn Ferry Hay Group, empresa especializada em recursos humanos e remuneração. De acordo com o levantamento global, os salários devem ter avanço médio real (descontada a inflação) de 2,5%. No Brasil, diante da crise econômica e também da escalada de preços, a previsão é que os vencimentos dos trabalhadores recuem 1,2%.
A lista dos países que terão perdas reais no salário no ano que vem é liderada pela Venezuela, que convive com a hiperinflação há anos, onde os trabalhadores deverão perder mais da metade de seu poder de compra. Logo depois vêm Ucrânia, que convive com uma guerra civil, e a Rússia, onde o descontrole econômico já dura anos (veja quadro acima). Nas principais economias globais, não há sinal de crise: tanto na Europa quanto nos Estados Unidos os salários vão crescer em 2016.
Para quem tem cargo de gestão, o aperto deverá ser ainda maior em 2016. Há hoje um movimento de substituição de executivos com redução de salários. As empresas que, ao longo dos anos de bonança, prepararam quadros sucessórios nos níveis gerenciais estão conseguindo economizar na hora da crise. “Quando o novo ocupante de um cargo de gestão é escolhido internamente, esse profissional ganha, em média, 13% a menos do que o antecessor" explica Tavares.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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